Dona dos mais famosos museus do mundo, Paris acaba de ganhar mais um espaço para as artes. O Atelier des Lumières é o mais novo centro cultural parisiense e o único dedicado à arte digital.
Construído em uma antiga fundição, criada em 1835, o espaço tem cerca de 2.000 m². O lugar que antes fornecia peças em ferro para as indústrias naval e ferroviária, encerrou as atividades em 1935. Passou, então, à função de galpão de exposição de máquinas de uma fábrica de ferramentas. Em 2013, Bruno Monnier, presidente da Culturespaces, empresa francesa de gestão cultural, redescobriu a fundição e enxergou o potencial daqueles longos salões para exposições de arte.
Após 4 anos de reformas, o Atelier des Lumières estreia com o pé direito. Os curadores Gianfranco Iannuzzi, Renato Gatto e Massimiliano Siccardi apostaram em uma exposição “arrasa quarteirão”, que marca os 100 anos da morte do importante pintor austríaco Gustav Klimt. O vienense foi um dos grandes nomes da art noveau e influenciou a arte modernista, que viria depois dele. Fez oposição ao classicismo esbanjando extravagância em seus quadros. Abusou dos dourados, propôs novos ângulos e chocou a sociedade da época com a sensualidade e a erotização das mulheres em seus quadros.
A exposição pretende envolver todos os sentidos do visitante e imergi-lo em meio às cores e aos movimentos das obras de Klimt. Para tanto, o Atelier des Lumières contou com a curadoria musical do pianista e compositor italiano Luca Longobardi. Além de Klimt, outros artistas contemporâneos a ele têm seus trabalhos projetados e animados nas imensas paredes, teto e piso do espaço cultural, como Egon Schiele e Friedensreich Hundertwasser.
Atelier des Lumières
https://vimeo.com/265759501
Você pode mergulhar em toda a opulência da mostra Gustav Klimt até 11 de novembro de 2018. Mas, mesmo se não conseguir viajar para Paris, vale ficar de olho nas próximas exposições do Atelier des Lumières, que promete se fixar como mais um importante ponto turístico da Cidade Luz.