O fundador do Spotify está mais inspirado do que nunca

Deixando um pouco de lado a distribuição de leões, vamos falar de outras coisas boas que acontecem em Cannes. No Inspirational Stage, Daniel EK, fundador e CEO do Spotify, falou rapidamente sobre a tecnologia, a indústria da música e suas perspectivas para o futuro. E, foi muito bom ouví-lo.

Mas antes de entrarmos nessa história, uma rápida contextualizada: Daniel EK cresceu na cidade de Ragsved, próximo a Estocolmo, e aos 14 anos começou a trabalhar desenvolvendo websites para pequenos negócios locais. Logo construiu seus próprios servidores, se auto-promovendo de cargo e passando a oferecer serviços de hospedagem na internet. Após abandonar a faculdade e abrir quatro outras empresas, fundou o serviço de streaming mais famoso da atualidade, que já tem inacreditáveis dez anos de existência. Nem parece.

No início deste ano, o Spotify bateu a impressionante marca de 30 milhões de assinantes. Parece pouco? Não é. Esses 30 milhões são os donos das contas “Premium”. O número não engloba os usuários da versão gratuita. Ou seja… Só a título de uma pequena comparação, a Apple Music, uma das principais concorrentes da plataforma, conta com 11 milhões de usuários pagantes.

Uma das principais missões do Spotify de acordo com o seu presidente é criar uma conexão entre fãs e artistas da maneira mais eficiente possível. Ele almeja convencer as bandas e cantores de que ter suas músicas disponíveis na plataforma reverte em bilheteria nos shows e garante que estes sejam cada vez mais exatos, já que, graças ao serviço, eles podem ter acesso a informações como em qual cidade determinada canção é mais popular e em qual outra o single que mais bomba não é o que eles imaginavam que seria. Em fevereiro deste ano, Daniel participou de uma sessão de perguntas e respostas online, no Quora, e falou um pouco sobre esse tema que abordou mais tarde em Cannes: ele quer que os artistas entendam que o Spotify e os artistas estão no mesmo barco, todos comprometidos com o sucesso.

Citou, por exemplo, o Metallica, que define os seus setlists de acordo com as músicas mais pedidas/ouvidas em cada cidade.

1ek

Neste chat, o CEO ainda revelou que a ambição futura do Spotify é tornar a música presente em praticamente 100% do tempo das pessoas – especialmente naqueles inesperados como, por exemplo, a hora de dormir. Ele garante ter acesso a dados que comprovam que muita gente dorme com o Spotify ligado (provavelmente com aquelas playlists do tipo “Chega de Insônia” no modo shuffle) e que este comportamento, apesar de inédito, é tendência para o futuro. Em Cannes, ele foi categórico ao declarar: “Nossa missão é mudar a forma como as pessoas consomem e se engajam com a música”.

Acredita, também, que grandes lançamentos serão exclusivos da plataforma.

Bastante ambicioso? Sim. Mas suas metas estão longe de serem classificadas como inatingíveis. Isso porque o Spotify cumpre todas as funções que buscamos em um serviço na atualidade: ele nos faz economizar tempo, dinheiro, é personalizado, acessível, abrangente e não nos exige esforço nenhum para utilizá-lo plenamente.

O caminho é longo e ainda há muito mercado para ser conquistado – em sua palestra, Ek citou um dado no mínimo curioso: no Japão, 75% dos negócios de música ainda é de CDs físicos – mas a certeza de que o percurso está sendo bem sucedido e tem tudo para continuar essa trilha de sucesso, isso o Spotify já tem.

E, você? Conhece o perfil do Update or Die no Spotify?

[signoff]

Receba nossos posts GRÁTIS!
Mostrar comentários (6)

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More