Teste de Usabilidade com gente embriagada

Existe uma expressão em inglês,  já meio antiga, chamada “foolproof”.

Traduzindo mais ou menos pejorativamente, mas para ficar bem claro, é algo como “à prova de burros, de bobos”. Trata-se de algo tão simples e fácil de entender, que até mesmo o mais limitado dos humanos conseguiria realizar. Claro que a intenção da expressão não é atender especificamente esse tipo de pessoa, mas sim buscar o infalível.

Por exemplo: uma prensa em uma fábrica pode decepar uma mão de um operário. Se o fabricante da máquina criar um mecanismo em que seja necessário apertar 2 botões distantes, ao mesmo tempo, para poder acioná-la, terá feito uma interface “foolproof”. Uma solução de design para alcançar a segurança máxima e que deixa esse cuidado 100% por conta da máquina e 0% com o operário. O cara pode ir trabalhar sem cérebro que mesmo assim estará seguro.

Hoje em dia o mesmo princípio se aplica às interfaces digitais, que se multiplicam em ritmo aceleradíssimo por aí. E um dos termos atualizados do “foolproof” é o “drunkproof”. A ideia é exatamente a mesma: uma interface tão simples, tão fácil e tão à prova de erros que até uma pessoa alcoolizada deveria compreender e interagir sem maiores dificuldades.

E não é que resolveram testar a teoria, literalmente?

Sim, é o teste de usabilidade com bêbados. Profissionais de UI que, por um valor entre 20 e 100 dólares, bebem de 7 a 10 latinhas de cerveja (números retirados do site “Drunk Usability Testing”) e vão lá no seu site pela primeira vez para ver o que acontece. A experiência toda é gravada em video, que é então encaminhado ao cliente.

Outro profissional de UI bebum é esse.

O método “The User is Drunk” é conhecido dos profissionais de UX.UI e faz parte de uma esfera maior, a das interfaces. Aliás, recomendo o video abaixo para gente tirar (sempre!) a espuma e o pseudo-refinamento dos termos técnicos da área e entender melhor o que é uma interface, algo que qualquer pessoa do mundo pode se encantar porque faz parte d0 dia-a-dia de todos nós. É um dos meus assuntos preferido, essa linguagem tão sutil que eu chamo de “coisês”. E que qualquer fool ou drunk pode compreender ;)

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