Inclusão, alfabetização para mudanças climáticas e a resiliência dos educadores:  destaques do SXSW EDU 2022

O que mais me encanta toda vez que eu vou para o South by Southwest (SXSW) é discutir o futuro da humanidade

O que mais me encanta toda vez que eu vou para o South by Southwest (SXSW) é discutir o futuro da humanidade e como as inovações sociais e tecnológicas vão nos levar até lá. 

Antes do festival oficial começar, acontece o SXSW Edu, que conta uma gama diversa de palestras, sessões, workshops, experiências, performances e exibição de filmes para promover o aprendizado e a inovação para todos interessados no tema Educação.

Essa é a terceira edição desse especial sobre Educação que eu acompanho, uma vez que é uma causa que recebe um dos maiores investimentos sociais no Brasil e é uma temática muito presente em nosso trabalho com as empresa na agência Flow.Ers.

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Logo no primeiro dia, com a promessa de abordar a diversidade e a inclusão e acelerar a agenda de mudanças climáticas, o evento deixou claro que esse objetivo realmente será cumprido. Além disso, reforçou a importância de os educadores se conectarem com essas temáticas e tornarem sua profissão ainda mais essencial e sustentável.


Na sessão “Six Mindsets shifts for #Sustainable teaching”, Paul Merich France, consultor e autor do livro Sustainable Teaching, apontou seis mudanças de mentalidade que devem ocorrer nos espaços educacionais, com um novo direcionamento de prioridades: a humanidade, mais do que a industrialização; o empoderamento, mais do que o controle; o coletivismo em detrimento do individualismo; o processo, mais do que o produto; a flexibilização, mais do que a fixação; o minimalismo, mais do que o maximalismo.

Paul ainda trouxe seis chaves para a sustentabilidade, que são combinadas com as seis transformações acima: Rituais, Simplicidade, Parcerias, Vulnerabilidade, Cura e Regeneração. Incrível, não?

Já na sessão “Climate Resilient Schools, Future ready Students”, quatro especialistas da Califórnia, nos Estados Unidos, contaram como a experiência da covid-19 se tornou um grande ensaio para que eles possam combater as mudanças climáticas no ambiente escolar.  

O impacto da pandemia em diferentes e grandes localidades forçou as escolas públicas a se reinventarem, e as diferenças se tornaram ainda mais desafiadoras. A crise mais severa da covid-19 durou cerca de dois anos, já as mudanças climáticas são um tema crônico. Ameaças como fogo, inundações e o calor excessivo exigem respostas diferentes do mundo. 

E se durante o coronavírus ficamos isolados em casa, a perspectiva é que as mudanças climáticas vão causar grandes fluxos de migração. E mais: elas causam transformações em toda a vida na Terra, e não somente nos seres humanos.


Ao longo do painel, os especialistas focaram em três grandes subtemas para ampliar a alfabetização sobre mudanças climáticas entre alunos e professores: promover melhorias na infraestrutura da escola; integrar o tema de forma transversal em todas as matérias; elevar o poder de comunicação e conversa entre os integrantes da comunidade escolar (estudantes, professores, administradores, famílias, vizinhos). 

Entre as ações desenvolvidas pela comunidade para trazer mais verde para as áreas de lazer das escolas – a maioria são totalmente cimentadas – os alunos fazem uma medição diária de temperatura dessas áreas cheias de cimento e os espaços verdes. A surpresa encontrada é que as principais regiões monitoradas, sem a presença de vegetação, apresentavam uma temperatura com 4 graus acima das demais.

Por fim, os especialistas reforçam que mudanças climáticas exigem mudanças transformacionais, e não apenas incrementais.

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