Líder não é microgestor (e vice-versa)

“Contrate pessoas inteligentes, e deixe que elas façam coisas que você não sabe fazer”
(Steve Jobs)

Um tema que me interessa bastante, porque tanto as experiências boas foram marcantes, como as fracas me “blindaram” para as próximas. Busco ver sempre o lado bom das coisas, valorizar o que é positivo – e, o que é ruim, levo como aprendizado. Um dia de cada vez, não é mesmo?

Microgestão é um termo bastante conhecido pelos administradores norte-americanos –  micromanagement. Nada mais é que a gestão baseada no controle excessivo, na falta de autonomia dos times e na paranóia insana de alguns “gestores” que apontam, não só o que seus subordinados devem fazer, mas minimamente como executar. Acreditam que delegam responsabilidade, mas não concedem autonomia – mesmo nas tarefas e decisões mais simples e rotineiras. 

Quem pratica a microgestão furta e consome o tempo dos seus colaboradores, diminui a produtividade da operação, promove ações que geram ressentimentos e desconfiança, atrapalha e atrasa  toda a equipe. E, para não entrar neste grupo, é importante desenvolver habilidades para  o limite do controle saudável, da real parceria de trabalho. 

Acompanhar ou guiar é diferente de ser “control freak” – importante deixar as paranóias de lado. A necessidade de atualizações de tarefas somadas a frequentes falhas de comunicação, na maioria das vezes, levam ao microgerenciamento. Há inúmeras maneiras de liderar, de andar junto com da equipe e fazer as coisas acontecerem: seja por transparência,  meio de ferramentas de gestão ou tecnologias que permitam conversas . 

Um líder deve compreender o que significa o bom “controle”, para que tudo siga com fluidez: compreensão das rotinas, ciência dos resultados, mensuração das ações, saber para onde a equipe está indo. Empoderar seus liderados, para que tomem parte nas discussões, integrem os projetos e trabalhos desde o momento zero. E que prepare seus sucessores: se você é um bom líder, deve estar seguro de que vai ascender e terá novos desafios.

Não seja um microgestor.  Para ser LÍDER, aprenda a respeitar o trabalho de cada pessoa do seu time. Todos são importantes e todos podem evoluir – a começar por você :)