Prêmio Brasileiro de Design: 13ª Edição com Direção e Presidência de Júri Feminina pela Segunda Vez Consecutiva

O BDA – Prêmio Brasileiro de Design, a maior premiação de design do Brasil, chega à sua 13ª edição com uma nova direção e, pela segunda vez consecutiva, uma presidência de júri inteiramente feminina. Neste ano, o prêmio reforça seu compromisso com a equidade de gênero e ações afirmativas, fortalecendo a presença e a valorização de mulheres no campo do design.

Trabalhar com design no Brasil pode ser um desafio: poucas pessoas têm acesso à disciplina, a área é considerada elitista com suas muitas nomenclaturas em inglês e existe uma falta de compreensão do seu real significado e propósito. Para complicar ainda mais, vivemos em um país com uma forte cultura publicitária, o que, embora tenha seu lado positivo ao democratizar a área criativa, também pode dificultar a divulgação e atuação dos designers.

Essa introdução se faz necessária, uma vez que a maioria das pessoas não consegue distinguir claramente esses dois campos. Em termos simples, o design significa “desenvolver projetos”. Esses projetos possuem objetivos claros, que  envolvem (mas não se limitam) à concepção e o desenvolvimento de marcas, embalagens, identidades visuais, interfaces e jornadas do consumidor. Por outro lado, a publicidade se dedica à comunicação dessas ideias, serviços ou produtos, de acordo com o público consumidor, público e canais específicos. No final das contas, tanto o design quanto a publicidade buscam “vender” uma ideia, serviço ou produto, e geralmente atuam em conjunto.

Então, qual é o papel de uma premiação de design?

No caso do BDA, que há 13 anos é realizado pela ABEDESIGN (Associação Brasileira de Empresas de Design), a proposta vai além do reconhecimento e valorização da criatividade nacional. O BDA também tem o compromisso de promover a equidade de gênero e ações afirmativas, impulsionando a inclusão de profissionais de diversas origens e formações e abordando projetos do país como um todo.

Em 2022, o BDA trouxe uma provocação pós-pandemia com o tema “Sem Fronteiras para o Design Brasileiro”. A premiação visou mostrar que poderíamos trabalhar em rede e de qualquer lugar do país, rompendo com a concentração socioeconômica, especialmente do Sudeste do país, valorizando a qualidade e diversidade de profissionais e projetos em todas as regiões do Brasil.

Além disso, o BDA estabeleceu um feito inédito ao ter 12 mulheres como presidentes de categoria, algo raro em premiações nacionais e internacionais. Essas mudanças marcantes são apenas o começo, pois o BDA continua a evoluir, buscando reconhecer e valorizar a criatividade nacional, impulsionando a indústria do design no Brasil para patamares ainda mais elevados.

Neste ano, a premiação reforça seu compromisso com a equidade de gênero ao ter Vanessa Queiroz, designer e empresária sócia fundadora do Estúdio Colletivo, como diretora do prêmio pela segunda vez, dividindo a direção com Camila Moletta, designer e diretora de design da Coca-Cola LATAM, e co-fundadora da MORE GRLS, a maior comunidade de mulheres criativas do Brasil.

As ações afirmativas também se expandem, promovendo um júri mais inclusivo e diverso, representando todas as regiões do país e refletindo a sociedade de forma mais ampla. Além disso, bolsas são oferecidas para pretos, indígenas, pessoas com deficiência, estudantes de universidades públicas, bolsistas, ONGs e adultos +.

A estrutura de categorias também foi atualizada, incluindo Destaques do Ano e Profissionais do Ano, que agora são escolhidos por votação do júri, e a categoria Projetos do Futuro, que abraça o tema deste ano: TEMPO FUTURO.

 A identidade visual da premiação será desenvolvida pelo estúdio ARADO, ganhador da categoria Destaques do Ano em 2022, e vai refletir as discussões sobre tecnologia e inteligência artificial no nosso dia a dia e o impacto dessas inovações em nossas funções. Além disso, o tema busca atrair empresas do mercado e agências para inscreverem projetos de design digital, design de serviços e tecnologia, ampliando ainda mais as fronteiras do design.

O BDA – Prêmio Brasileiro de Design é muito mais do que uma premiação. É uma plataforma de impulso e valorização do design nacional, um espaço que pretende refletir e mostrar o melhor do recorte da produção nacional de design que movimenta milhões, é diversa e múltipla.

Seguindo esse caminho, o BDA inspira e incentiva uma indústria do design mais inclusiva, diversa e criativa.

Sobre a Identidade:

A escolha para a identidade visual se deu ao olhar para o mercado em busca da nossa essência brasileira e naturalmente o Estúdio Arado, vencedor de destaque do ano em 2022 veio. Veio pelo destaque e pelo seu repertório e pesquisa no rural tão presente em todos os cantos deste país, veio também pelo seu trabalho de perpetuação de signos que tendem a desaparecer presente em seu repertório. Veio também pela provocação do tema futuro e da nossa ideia de usar e abusar da arte generativa artificial e analógica. 

Aquele improviso que o imperfeito traz, e como eles mesmo dizem: olhando as manifestações do passado para compreender os aspectos do presente e projetando soluções pro futuro.

Durante esse ano veremos todos os conteúdos e materiais sendo produzidos das duas formas: analogica e artificialmente. Experimentando o uso da tecnologia sem perder a essência manual, dos elementos desenhados em bico de pena, das cores primárias puras e sobrepostas, da inovação de todos os tempos, da nossa fauna e flora e do olhar que só o designer pode ter para o futuro, utilizando o que temos de ferramentas desejando o melhor do tempo futuro.

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