Criatividade é talento nato ou resultado de esforço? É possível ensinar pessoas a trabalhar com criatividade? A indústria criativa é mesmo mais criativa que as outras?
A história você já conhece. Talvez, seja até auto-biográfica. Você demonstra uma certa criatividade na infância/adolescência e acaba indo fazer uma faculdade que tenha a ver com essa aptidão, tipo publicidade & propaganda, design, arquitetura, artes. E durante 4 anos, toda aquela sua criatividade 100% pessoal e espontânea deverá ser preparada para servir a você e à sociedade, profissionalmente.
Essa transição é sempre um período interessante porque provavelmente tem mais um caráter de adaptação do que um aprendizado conteudista propriamente dito. Pelo menos em um cenário ideal, deveria ser assim.
Por outro lado, existe uma frustração inicial ao se descobrir que a tal “indústria-criativa” não é tão criativa assim e como na maioria das profissões, tem também seus modelos e dinâmicas pré-estabelecidas, apesar do esforço contínuo para se revestir a profissão com esse verniz de glamour, inovação e originalidade. No fundo, vale a famosa expressão “não é arte, é artesanato. Arte, aplicada, com fins comerciais”.
Leva-se um tempo para entender que ninguém é tão iluminado assim, que criatividade é outra coisa, mas que tudo bem, mesmo assim é uma das atividades mais legais e uma das maneiras mais divertidas de se ganhar a vida. E, principalmente, que criatividade com limites pode ser mais desafiadora e prazerosa do que a simples expressão artística.
Enfim, acabei pegando carona nessa pauta, mas o curta é sobre essa ponte entre o mundo acadêmico e a indústria criativa. São 20 alunos convidados para passar 2 semanas na Mother, de Londres, que divide a iniciativa e a produção com a University of the Arts.
http://youtu.be/DA4eCdsxSEg
[via]
POR 
ENG