A UX/UI de Minority Report no SXSW

Minority Report é um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema, todos os tecnólogos UI/UX falam dele como o futuro do futuro da computação. O primeiro dia do SXSW teve a grande surpresa de ter uma conversa com um dos seus criadores, John Underkoffler, que contou oito maneiras em que o futuro do trabalho será determinado por construções embasadas em UI/UX.

John teve uma longa carreira no MIT Media Lab, onde foi responsável pelo trabalho da computação gráfica em tempo real, monitores em grande escalas e I/O Bulbo e sistemas luminoso. Depois, passou para o trabalhos como consultor científico em filmes como: ‘Minority Report’,’The Hulk “(Ang Lee), e’ Homem de Ferro ‘(sim, também é criador do Jarvis).

Hoje, é CEO da Oblong Industries, onde estão construindo um computador chamado “Mezzanine”, que se conecta a todos os dispositivos de um grupo de trabalho construindo, assim, um ambiente colaborativo que amplifica as ideias e capacidades de cada um.

O Update or Die teve a oportunidade de conversar com John e eu, direto de Buenos Aires, pude conversar sobre vários aspectos de sua carreira e da situação atual referente ao segmento.

Martin: John, voce sempre fala de uma ligação entre a ficção e tecnologia, como isso influencia seu trabalho?

John: Sempre houve um laço entre a ficção científica e aa tecnologia. No passado, era uma iteração muito lenta. Arthur C. Clarke inventou o GPS em uma de suas histórias, muito tempo antes de que existirem. O mesmo aconteceu com a ideia de dispositivos de comunicação portátil: Star Trek e nosso telefone móvel, por exemplo. Eram boas ideias, mas por muito tempo eram ficção. Demorou muito para serem realidade. Este ciclo é muito mais rápido agora, há tantas coisas acontecendo ao nosso redor que temos que entender o que as pessoas precisam.

Interessante, você fala sobre o diálogo e na necessidade de se concentrar nas pessoas. Pode dar um exemplo?

Existe um evento em Mineapolis (USA), chamado Eyeofestival. Ao invés de pensarmos em como construir o próximo iPhone, o objetivo é ensinar às pessoas como podemos usá-lo e como podemos adaptar às necessidades da humanidade. Não queremos que tecnologia segmentem e sim unam.

Vamos falar sobre a Oblong. Quem usa o conceito do Mezzanine hoje?

Um exemplo claro é Dentsu Aegis, uma agência de publicidade que trabalha globalmente. A sede é em Londres e recentemente foram comprados por uma empresa japonesa com sede em Tóquio. Nós instalamos um “Mezzanine four-screen” permitindo que NYC, Londres e Tóquio, que possibilitou o trabalho em conjunto de equipes criativas em real time e com todos os dispositivos conectados. Como se estivessem na mesma sala.

Qual você acha que será o próximo passo da Oblong e da indústria?

A parte mais emocionante é não precisar estar em salas de reuniões de uma única empresa ou em um telefone celular, ele poderá estar em todas as telas. Os pixels em cada tela são transformados em protocolos de comunicação livres para amplificar toda a ideia de comunicação entre os seres humanos. Isso significa que o “Mezzanine” é um sistema operacional em pixels.

As pessoas vão parar de ficar obcecado por dispositivos e passar para a “Era do conteúdo”, onde cada pixel terá a sua importância.

Temos duas versões deste futuro: aquele em que todos os dispositivos estão fragmentadas, todos têm UI diferente, formas diferentes (tais como iPhone e Android). Imagine isto adicionado aos Drones, AR e VR? Um caos, certo?

A versão boa: que todos estamos de acordo e que a UI e UX serão os mesmos para todos entender uma mensagem anexada. Todos os dispositivos “pensando” igual. Acredito que os usuários vão começar a exigir que os grandes players da indústria entendam essa necessidade..

Vamos voltar um pouco ao seu trabalho em Minority Report. Como surgiu tudo?

O grande gênio criativo foi Alex McDowell, o designer de produção do filme. Spielberg não disse: “Alex, precisamos de um UX do futuro” disse: “eu quero o mundo mais futurista e realista que possamos construir”. A ideia do Alex foi manter os planos do departamento de arte, em que você pensa mais na arquitetura geral: “ok…nós temos que construir uma cozinha para esta cena, em seguida, uma garagem para a cena final”, no caso, era diferente: “vamos construir um mundo novo, vamos mostrar a tecnologia presente o tempo todo neste mundo”. Eles precisavam de alguém capaz de fazer isso parecer real. Aí, me ligaram.

Para fechar, vamos nos aprofundar um um pouco mais no lado técnico. Como o sistema operacional funciona?

Ele é chamado G-Speak, baseado em C++ e é um kit de ferramentas para conexão de dispositivos. Atualmente temos uma versão open source e em parceria a universidades e algumas empresas, estamos explorando como podemos usar mais, em projetos, a plataforma.

O futuro dá tecnologia não está dentro da sala, não está em device… está em sua mente.

Para conhecer melhor os trabalho de John e o Oblong.

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