Profissionalismo no futebol brasileiro

O futebol no Brasil surgiu e cresceu de forma desordenada, creio que por influência da nossa cultura. Esse crescimento desordenado trouxe consequências, como por exemplo uma confederação que não é unanimidade, campeonatos fracos e mudanças de regulamento com campeonatos em andamento, como foi o caso do último brasileiro. Mas aos poucos o futebol foi se tornado o principal esporte praticado e acompanhado do país, forçando uma rápida profissionalização.

O debate sobre a profissionalização aborda diversos aspectos, por exemplo se dirigentes devem ser remunerados ou não, se os árbitros devem ser profissionais ou não e assim por diante. Nesse artigo eu não quero abordar nenhum desses aspectos, o que quero trazer para debate é o profissionalismo do ser humano.

No dia 07/05/2017 domingo de sol no Rio de Janeiro, tivemos algo que não víamos a muito tempo: o clássico mais charmoso do Brasil (Fla x Flu) decidindo um campeonato. Após a vitória da equipe rubro-negra surgiram milhares de debates sobre a postura do árbitro durante o gol de empate de Guerrero. Algumas pessoas acreditam na maldade do arbitro naquele lance, eu não o culpo, mas admito que o gesto que ele fez foi no mínimo estranho.

Pois bem, não vou entrar aqui na discussão de bar de que se o gol deveria ser válido ou não, minha intenção é trazer o debate da segunda-feira, quando fotos do árbitro da partida vestindo a camisa do Flamengo e beijando o escudo vazaram na internet.

Eu prefiro acreditar no caráter das pessoas, sendo assim, acredito que o senhor Wagner do Nascimento Magalhães, o árbitro, tenha sido profissional o bastante para saber separar sua vida pessoal da profissional. A questão é que esse debate não deveria nem ter começado, a partir do momento que vivemos em um mundo cada vez mais conectado, com milhares de mídias sociais diferentes, devemos tomar cuidado com o que postamos nelas.

Quando nos candidatamos a alguma vaga em uma empresa sabemos que os profissionais de recrutamento e seleção entrarão em nossos Facebook, Twitter e Instagram para verificar nosso perfil, e na minha visão, essa é a melhor forma de avaliar um candidato e ver se o que ele informou nas entrevistas é verdade ou se ele só estava em busca do emprego e forjou aquilo tudo. No futebol esse tipo de verificação não deveria ser diferente, os dirigentes deveriam verificar todos esses aspectos ANTES das partidas e não esperar que se encerrem para entrarem com recursos nos tribunais.

Essa preocupação com as mídias sociais já chegou a alguns jogadores, uma vez que possuem uma equipe de assessoria para isso, então aqui eu deixo uma questão: será que os árbitros deveriam começar a contratar esse tipo de serviço ou as federações deveriam estabelecer que os árbitros nunca apitem jogos dos times que torciam na infância ou torcem até hoje?

O que acham?

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