Não faltam críticas à rede social criada e gerida por Mark Zuckerberg. E o magnata americano parece finalmente dar ouvidos a elas: depois das polêmicas com as fakes news, antes, durante e depois das eleições americanas, o Facebook parece se empenhar na qualificação de conteúdo compartilhado em seu domínio.
Para tornar as trocas mais saudáveis e, sobretudo responsáveis, a gigante americana passou a apoiar duas importantes iniciativas brasileiras que combatem a desinformação.
Um deles é o curso “Vaza, Falsiane!”, liderado pelos jornalistas e professores Leonardo Sakamoto, Rodrigo Ratier e Ivan Paganotti. Gratuito e sem público-alvo definido, o curso online tem como meta incentivar uma postura mais crítica diante das notícias, apoiando leituras mais aprofundadas e qualitativas. Talvez um nome um pouco menos engraçadinho seria melhor?
Outro projeto que vai contar com uma mãozinha da empresa de Zuckerberg é o desenvolvimento do chatbot Fátima, que atuará no Messenger. O robô tem como tarefa conversar com usuários para incentivá-los a validarem e verificarem informações de forma autônoma, a fim de criar uma navegação mais segura pra todo mundo.
Em comunicado oficial, a líder de parcerias com veículos de mídia do Facebook para América Latina, Cláudia Gurfinkel, afirma que a rede social está “confiante de que esses dois projetos ajudarão as pessoas no Brasil a tomar decisões mais conscientes sobre o conteúdo que consomem na internet e fora dela”, e concluiu: “Temos dialogado com academia, agências de checagem, ONGs, empresas de tecnologia e empresas de mídia sobre o que podemos fazer juntos para reduzir a desinformação, e participaremos de mais iniciativas nessa área em 2018”.
Vindo mais do que a calhar em ano eleitoral, a novidade também parece ser providencial para o momento do Facebook, que vem sendo atacado por suas variadas problemáticas.
Mas, o post e tudo isso é para compartilhar – também – que, recentemente, a Wired publicou um extenso (mas bem extenso mesmo!) material sobre como Zuckerberg e seu império são, de alguma forma, responsáveis pela eleição de Trump e como a rede social parece ter crescido a ponto de se tornar indomável.
A capa merece (e mereceu) atenção especial: How Cover Was Created.
No mais, aguardamos cenas dos próximos capítulos – que, com sorte, não serão fake.
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