Passei boa parte dos finais de semana e das férias da minha infância e adolescência velejando e capotando um desses aí da foto, um divertido Hobie 16, lá em Ubatuba com meus irmãos e amigos.
Quem inventou esse brinquedão foi o Hobart “Hobie” Alter, o shaper que fez o surf trocar as pranchas de madeira pelas que havia inventado, de espuma e fibra.
Depois, usou a mesma técnica para fazer um catamaran que pudesse ser usado nas praias como diversão.
Do mesmo jeito que o Stand Up hoje é mania, na década de 70 o litoral era forrado de Hobie Cats. Deve ter muita gente lendo esse post que também velejava de Hobie 16.
Enfim, o negócio era velejar o mais rápido possível, e a técnica era “levantar a banana” (sim, sim, contenha-se, você não é o primeiro a fazer o trocadilho), deixando apenas uma na água (até embicar a ponta, quando vinha então aquela parte da capotagem que eu falei no primeiro parágrafo). Essa redução de 50% no atrito com a água era o que fazia o Hobie deslizar a velocidades que podiam chegar até o equivalente a uns 40 KM/h.
Agora corta para 2014, update or die no velho Hobie.
Eis o Flying Phanton.
Mais que uma simples atualização do HC16, o “fantasma voador” tira as duas bananas da água, usando o princípio de hidrofoil, o mesmo usado pelos grandes catamarans do America’s Cup no ano passado. Por 40 mil dólares você compra um barco que levita e reduz em quase 100% o atrito, usando umas barbatanas que passam a ser os únicos pontos de contato com a água.
O resultado?
O veleiro dispara a uma velocidade que pode chegar até… 90 KM/H! E o barco ainda desliza macio porque não fica batendo na superfície do mar.
Dá uma olhada:
http://www.youtube.com/watch?v=MmJCwgofQOU
É bem mais caro do que o velho Hobie 16, mas uma acelerada com um Flying Phanton deve ser bem divertido (sem falar nas capotadas).
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