Esse é um post sobre excesso de confiança em tecnologia.
Um perigo cada vez maior já que essa confiança cresce à medida que usamos mais produtos e serviços. E das dezenas de tecnologias que usamos desde a hora em que acordamos até a hora de dormir, 99% funcionam muito bem, o que acaba gerando uma sensação de poder infalível. Quanto mais imersos em tecnologia eficiente, menos desconfiados ficamos . Tudo é possível.
Mas a história de hoje, que exemplifica esse excesso, não é sobre alguém que comprou alguma coisa pela internet e se deu mal, nem sobre alguém que teve sua privacidade invadida por algum aplicativo ou rede social.
Quem confiou demais na tecnologia foi o engenheiro e balonista sueco Salomon August Andrée, em 1897.
Um beta tester. O que em 1897, tinha outro contexto. Uma época de exploradores e de grandes expedições, uma mistura que não se vê mais de cientista e pesquisador com aventureiro. Indiana Jones da vida real.
Sua ideia? Sobrevoar o pólo Norte de balão.
Voaria de sua cidade Natal em direção ao Canadá ou Rússia, passando “por cima do mundo”. Como sabemos, quem dirige o balão é o vento, que sopra pra onde ele quer e não necessariamente para onde o balonista gostaria. Para superar essa dificuldade, Salomon usava uma técnica de vôo baixo para poder arrastar cordas enormes pela água, que funcionavam como um leme precário. O balão foi feito em paris e não foi testado antes do vôo oficial, o que se provou desastroso por conta dos inúmeros pontos de vazamento de gás hélio.
https://www.youtube.com/watch?v=Jk1_zXeSoUQ
O podcast abaixo do Futility Closet conta essa historia (leve pro carro, pro ônibus e treine o inglês), além de outras tão interessantes quanto.
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