SXSW 2020: Entrevista exclusiva com “The fin.”

Um dos maiores festivais de referências do planeta também é um dos melhores lugares para conhecer e reconhecer bandas de todo o globo, fui na caça de bandas que ouvi, curti e compartilhei nas redes para fazer entrevistas e vou publicar para vocês aqui no Update or Die.

A primeira é uma banda que nasceu em Kobe, Japão e agora se tornou um projeto de música experimental do fundador Yuto Uchino, que agora vive em Tóquio, liberando novos tracks em parcerias com Kaoru Nakazawa. The fin já se apresentaram em vários festivais por todo globo, incluindo Fuji Rock, SXSW, The Great Escape, Summer Sonic, MaMA Festival na França, Strawberry Festival na China, além de festivais na Índia, Mongólia, Tailândia e Malásia. 

A música chamada “Come Further“, foi adicionada à playlist do New Friday Music do Spotify, e fez com que alcançassem mais de dois milhões de plays na plataforma, e agora Yuto fala um pouco sobre a evolução da banda por esses anos e quanto evoluíram para chegar até aqui.

https://www.instagram.com/p/B6uUn0RpEde/

A entrevista, também em áudio, com resposta original em inglês, pode ser encontrada em meu projeto MeioTermo Podcast, e estará no final da entrevista para o play, caso preferir.


Julio Moraes: Olá Yuto, muito obrigado por conversar com a gente e ótimo saber que estará no SXSW deste ano! Antes de abordarmos esses tópicos, você pode compartilhar um pouco da história da banda? Como tudo começou?

The fin (Yuto Uchino):  Começamos com o projeto em 2012, quando éramos apenas estudantes, era apenas um projeto divertido e estávamos apenas tocando algumas músicas que todos conhecem, como covers musicais. Comecei a fazer meu próprio som e depois gravei a primeira música “Faded Light“, publiquei no SoundCloud e eu recebi alguns ouvintes, então recebi alguns comentários positivos e senti que poderia ser grande, você sabe… E foi realmente muito emocionante saber que minha música poderia se espalhar em todo o mundo. E então sim, depois disso, fizemos algumas músicas e agora fazemos tours pelo mundo e ainda vivendo como músicos.

JM: A banda fez um grande sucesso graças as redes sociais, como é o trabalho nas redes hoje e o quanto mudou desde o seu primeiro álbum?

YU: Ah, sim, social media. No início não sabíamos como no começar, como espalhar nossas músicas. Então, eu só conhecia YouTube e SoundCloud. Publicamos algumas músicas no SoundCloud e, na verdade, fizemos alguns videoclipes, vídeos musicais bem DIY e os publiquei no YouTube. É por isso que as pessoas conseguiram chegar até nós e espalhou nosso conteúdo, então para nós redes sociais é muito, muito importante, para se conectar com pessoas e ouvintes. Quero dizer que, eu acho que, sem nenhuma mídia social não estaríamos onde estamos hoje. Eu realmente acho que agora como 2020, fica cada vez mais importante [estar nas redes], é claro, e eu penso que existem muitas crianças ou adultos que têm várias contas em várias redes sociais. Então sim, é necessário ser sempre conectável. E, quando lancei o primeiro álbum, foi em 2014. Ainda no Japão, as pessoas compravam o CD na época, na verdade ainda até hoje, então logo após o dia do lançamento [do nosso álbum], fui em muitas lojas da cidade para dar um “alô” para todos que estavam comprando nosso álbum físico. Hoje, quando eu lanço algo, vou para o Spotify, Apple, vou para vários serviços de streaming. O processo [de publicação no digital] mudou muito desde então.

JM: Yuto, em uma entrevista, do Japan Times, você diz que “existe uma ideia (entre as bandas japonesas) de que você precisa fazer algo diferente da música ocidental que ouve” e “que é estranho escrever músicas em japonês“. – Depois do segundo álbum e tocando ao redor do mundo, você ainda sente que isso é um problema ao produzir uma nova música?

YU: Eu fiz essa entrevista – já tem alguns anos, então não me lembro o que realmente disse, e não digo mais coisas assim. Hoje, apenas faço música do jeito que eu quero. Então, sim, eu realmente não me importo com o fato de criar algo em inglês, quero dizer, música japonesa com temáticas do ocidente em primeiro lugar, cantando inglês. Então eu não quero ficar preso a um estilo porque acho que quando você cria algo, precisa ser livre para fazê-lo. Assim você consegue fazer algo novo. Então, sim, eu amo essa liberdade. Eu amo músicas do ocidente, japonesa, de qualquer lugar.

JM: Tocando em todo o mundo, como uma banda, e agora prestes a retornar ao SXSW 2020, quais são as expectativas para a banda e o que podemos esperar do show?

YU: Acredito que The fin. não é mais uma banda, começamos com quatro pessoas, mas agora só temos duas, contando comigo e Nakazawa, eu escrevo a música, gravo, produzo e tocamos no palco. Considero agora como um projeto ou uma equipe – o que é ótimo, porque posso fazer músicas de modo livre. Eu não preciso mais fazer a som do estilo da banda. Eu faço quando sentir que é o momento, mas não faço mais como uma necessidade, só quando fizer sentido, então, é ótimo e agora tocamos com ótimos músicos e sim, eu amo tanto, e me sinto mais livre. E sim, estou bem empolgado para retornar à América novamente e mostrar algumas composições novas.

JM: Ansioso para ouvir você no SXSW, e quero agradecer pelo tempo e por compartilhar um pouco do seu histórico, onde nosso público pode acompanhar e ouvir você?

YU: Muito obrigado! [Podem acompanhar pelo https://www.thefin.jp/], e quero anunciar também que estou em um novo estúdio, fazendo música nova e agora morando em Tóquio. Então devem vir novidades ainda este ano. Espero ainda ter muitas tours [pelo globo] no futuro. Muito obrigado e nos vemos por aí.



Agora ouça o novo single da banda:

Até a próxima entrevista exclusiva SXSW 2020.

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