Tudo vê, nada sabe

A mera imagem de uma avó e seu neto recém-nascido é mágica. Simboliza a grande jornada. Polaridade de experiências.

Hoje cedo recebi um poema curtinho, escrito por uma avó (a Sra Evelyn Jean Pine), sobre seu primeiro encontro com o neto recém-nascido. E nesse breve poema tinha uma frase que me capturou, assim que a li: “You see it all without knowing all”. Você tudo vê, sem nada saber. Uau.

Realmente a condição de um recém chegado a vida e ao planeta lhe confere uma condição única de “papel em branco”, em que absolutamente TUDO é novo e TUDO está por ser descoberto. Já pensou? Você abre os olhos e absolutamente 100% do que entra pel sua retina (ou ouvidos, ou pele ou nariz) qualquer som, qualquer imagem… tudo é novo, tudo é icógnita. Claro que você sabe, afinal você já esteve lá, nessa mesma condição. Só não nos lembramos e nem nos damos conta depois.

Foi aí que, refletindo um pouco mais, pensei: mas será mesmo que essa é uma condição exclusiva de um recém-nascido? Será que de certa forma a vida não nos oferece essa mesma possibilidade a cada novo dia? A cada nova oportunidade?

Não, essa condição não é exclusiva dos primeiros dias de vida. Literalmente é, mas condicionalmente, não. Ela ressoa através dos anos, sussurrando em nossos ouvidos que, apesar de acumularmos conhecimento e experiências, sempre há algo novo sob o sol. A cada amanhecer, somos convidados a redescobrir o mundo ao nosso redor, a reaprender o que achávamos que sabíamos e a nos maravilhar com o que ainda não conhecemos.

Esse insight serve como um lembrete de que a vida é um eterno estado de aprendizado. E não apenas no sentido “curso no YouTube”. é uma questão de estar consciente dessa oportunidade em cada momento mundano. Cada pessoa que encontramos, cada lugar que visitamos, cada desafio que enfrentamos é uma oportunidade para expandir nossos horizontes e preencher nosso papel em branco com novas histórias e lições. A humildade de reconhecer que nunca saberemos tudo nos mantém abertos e curiosos, ansiosos por mais uma página a ser preenchida.

Assim, embora o recém-nascido represente a epítome dessa jornada de descobertas, ele também nos inspira a manter viva essa chama de curiosidade e admiração. Em um mundo onde a rotina pode facilmente nos cegar para o extraordinário, lembrar-se da perspectiva de um recém-chegado pode ser a chave para redescobrir a beleza e a magia escondidas no cotidiano.

Portanto, à medida que avançamos em nossa jornada, permitamos que a sabedoria inerente à inocência de um recém-nascido nos guie. Que possamos ver tudo sem saber tudo, abraçando cada dia como uma nova oportunidade de aprender, crescer e, acima de tudo, maravilhar-nos. Pois é na busca pelo desconhecido e no eterno aprendizado que encontramos o verdadeiro significado da vida.

Born to update. Update or Die.

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