Dados passageiros

Me conta algo que eu não sei.

A cada dia uma novidade, mas parece tudo mais do mesmo.

Tanta coisa igual escrita de forma diferente. Tanta coisa diferente escrita de forma igual.

Nunca antes tanta informação. Já nem sei mais o que fazer com elas. Nunca antes tanta desinformação.

Ouvi dizer que a quantidade de dados que a humanidade produz dobra a cada ano. Ou a cada dois anos. Três?

Não me lembro.

Quem disse isso?

Não me lembro.

Devo ter me interessado e guardei em algum lugar pra ler e aprofundar depois.

Algum lugar que eu também não me lembro.

Ainda assim, eu te peço:

Me conta algo que eu não sei.

Quero ir do ponto A ao ponto B. Quero aprender algo e sentir que evoluí.

Tenho sede de encontrar algo pela primeira vez. Algo que transforme quem eu costumava ser de forma permanente.

Minha cabeça não anda guardando nada.

Se eu não anotar, não me recordo. Se eu anotar e ler depois, perde a graça.

Passam por aqui mil coisas, mas poucas duram até o dia seguinte.

Efemeridade.

Me conta algo que eu não sei.

E que permaneça.

Que me leve a um novo estado e não me tire de lá.

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