Coisa de Menina

Vejam vocês que, na Idade Média, as referências às mulheres se resumiam a serem solteiras, esposas ou viúvas. De lá para cá, culturalmente nos foi esperado um papel quase ornamental, cujos atributos eram feitos de graça, acolhimento, beleza, submissão e disciplina, enquanto esforços relacionados a força, lógica e racionalidade eram dos homens. E assim, ao longo dos séculos, os conceitos de feminilidade e masculinidade seguiram diferenciando na nossa cultura, de forma naturalizada, a respeito do que é coisa de menina, da coisa de menino.

Na luta pela igualdade de gênero, temos conseguido levantar este debate em espaços importantes e isso pode dar a sensação de que ela já é uma realidade, mas o relatório Global Gender Gap, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, no começo deste ano, mostrou que ainda levaremos 133,4 anos para alcançar a paridade global entre homens e mulheres. Por isso, todos os esforços para transformar esta cultura enraizada devem ser valorizados, especialmente na comunicação.

“Coisa de Menina” é uma animação fofíssima do Sicredi MT sobre a trajetória da personagem Dina desde sua infância, numa realidade em que mulheres com diploma em baixo do braço nem sempre conseguem achar seu espaço. No enredo, através de sua imaginação e contínua curiosidade, Dina seguiu acreditando que poderia mudar o mundo e, assim, pulou do lar para a universidade, até conquistar seu sonhado emprego.

O filme é assinado pela agência paranaense DBPV e Dina foi a ‘avatar’ inspirada em Enedina Marques, primeira negra a graduar-se em Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Confira:

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