Depois de 35 anos, Kate Bush vai voltar aos palcos.
Lembra dela? Quem a conheceu na época em que ela apareceu para o mundo, no final da década de 70, vai sempre lembrar dela por causa do classicão Wuthering Heights, com o guitarrista do Alan Parsons. Aumentaí:
Out on the wiley, windy moors
We’d roll and fall in green
You had a temper, like my jealousy
Too hot, too greedy
Foi um atropelamento. Ela tinha 18 anos e escreveu a música inspirada pelos últimos 10 minutos do filme com o mesmo nome e um final de namoro.
Kate Bush tem uma voz improvavelmente bonita. E ela mesma, é improvavelmente bonita, uma beleza exótica e angelical, de olhos arregalados e expressivos, uma esquisitice britânica. Era dançarina clássica. Pianista.
A voz é aguda, mas ao mesmo tempo aveludada, confortável. O tom alto, por algum motivo misterioso, não machuca, como outras que seguiram nesse tom mas que são muito chatas (vou evitar nomes de artistas para não magoar os fãs hehehe).
Mas não era só a voz. Kate era muito jovem, bonita e seus shows no final de 79 eram muito tetrais, com 17 trocas de roupa, 24 músicas no set list e mais 13 artistas no palco. Tinha mágico, coreografias, era um espetáculo grandioso. E mais. Hoje ela conta que precisou se afastar dos palcos por uma exaustão física e emocional.
“Eu senti uma imensa necessidade de me recolher e me retratar como pessoa porque eu senti que minha sexualidade, que de certo modo eu não tinha realmente tido a chance de explorar por conta própria, estava sendo entregue ao mundo e de uma maneira impessoal”
Um palco é uma coisa realmente forte, ainda mais para uma quase adolescente, com uma entrega total típica da idade. Dá para entender o que ela quis dizer.
Enfim, a inglesa Kate Bush estea de volta ao vivo e em cores no Hammersmith Apollo de Londres, a partir de 26 de agosto. Mais detalhes aqui.
Abaixo, minhas preferidas de Kate Bush:
A valsa militar de Army Dreamers de 1980. Técnica vocal impecável, sem auto tune:
Moving:
http://www.youtube.com/watch?v=ZvzxMz3Dysk
Com Peter Gabriel em Don’t Give Up:
Misty, de 2011:
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