O que podemos aprender com os games de escape room

Puzzles são uma modalidade lúdica intrigante. Seja em cubo mágico de Rubik, passando por um mobile game misterioso e indo até um complexo videogame cheio de enigmas, os puzzles chamam a atenção e instigam as mais variadas mentes. Daria para fazer uma lista enorme com variantes de puzzle, mas gostaria de falar – nesse post – sobre os famigerados escape rooms que chegaram com força total no Brasil no ano passado.

Já tinha experimentado esse tipo de jogo em uma trip que fiz para a Europa e nesse último carnaval tive a oportunidade de jogar novamente no ESCAPE ROOM SP. A brincadeira gira em torno de tentar escapar de uma sala procurando uma série de pistas que vão revelando uma insólita narrativa. Jogamos em um grupo de 8 pessoas tentando decifrar as pistas de um falsificador de quadros em um misterioso ateliê; o tempo é de uma hora para abrir cadeados, resolver palavras cruzadas, procurar passagens secretas e – finalmente – tentar achar a chave que conduz para a liberdade.

Fiquei pensando na experiência vivida e montei uma lista de pontos relevantes que este tipo de game pode oferecer para quem é fã de jogos, quem desenvolve jogos ou curiosos no assunto:

1.Escape rooms são ambientes perfeitos para treinar liderança e trabalho em equipe. Pois é, dá pra fazer belos treinamentos de empresa num local como este. É impossível resolver tudo sozinho e realmente é preciso planejar e trocar ideias. Baita pressão por conta do tempo e é fundamental se organizar minimamente.

2.Pensar a experiência do game ao contrário é um excelente exercício de game design. Se você desenvolve jogos ou trabalha com o universo lúdico é fundamental conhecer de tudo um pouco. Os escape rooms são excelentes referências (e boas inspirações) para pensarmos além do tabuleiro ou telas.

3.Fator “diversão”. Se você está minimamente predisposto a acreditar na ficção e reuniu um grupo de bons amigos certamente vai se divertir em um ambiente desses. Um de meus autores favoritos de games, Raph Koster, postula que – independente de interfaces sofisticadas – os players precisam se divertir no game e isso é um dos pontos cruciais que merecem ser estabelecidos no momento de criação do game.

4.Este tipo de game tem um residual bem legal. Depois que a brincadeira termina há um tempo para que os jogares comentem seus erros e acertos. Que se divirtam rindo dos imprevistos e derrapadas. É um momento que se dialoga e há aprendizado.

É uma experiência lúdica que não pode faltar no curriculum dos apreciadores de games e, certamente, será uma experiência que se desdobrará em boas ideias. Sendo você game designer ou não.

#GoGamers

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