20 puzzle games do coração

Descubra os 20 melhores puzzle games que marcaram época e encantaram um verdadeiro fã do gênero, sem spoilers ou ordem de preferência.

Puzzle games me encantam. Sempre me encantaram. Para mim, pegar um jogo de puzzle que os enigmas foram construídos majestosamente e resolver um por um é uma recompensa sensacional. Evito ao máximo olhar walkthroughs; parte do exercício é ficar, literalmente, quebrando a cabeça por horas ou dias para solucionar algo.

Fazendo um balanço lúdico rápido em algumas anotações pessoais, verifiquei que a categoria de games que mais joguei nos últimos dez anos foram puzzles. Logo, nada mais justo que apresentar uma lista com os títulos que mais me encantaram nesse tempo.

A lista a seguir está sujeita a modificações e não possui uma ordem de preferência. Fui orquestrando, mais ou menos, por épocas da minha vida. Evitei colocar games que possuem parte de seus gameplays fundamentados em puzzles como Resident Evil, Mundaun etc. Eu sempre esqueço de colocar algo, mas – até o presente momento – estes são os meus 20 puzzle games do coração. Espero que gostem.

THE DIG

Esse aqui é um clássico da LucasArts que eu joguei no Windows 95. São muitos os bons puzzles games da empresa. Também adoro “Monkey Island”, “Day of the Tentacle” e outros; no entanto, a trama espacial com exploração de outra dimensão de The Dig é campeã demais. Hoje o game está disponível em plataformas como Steam.

CHANTS OF SENNAAR

Sem dúvida alguma o melhor indie game que joguei em 2023. Ele ganhou a categoria “Games for Impact” do Game Awards do ano passado e é merecido. Chants of Sennaar é uma alegoria com a história da Torre de Babel e seu papel é ir decodificando os idiomas de cada andar de uma construção ciclópica anotando e criando conexões com símbolos. A arte é sensacional e os puzzles são muito, mas MUITO bons. Disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One e PC.

THE GARDENS BETWEEN

Esse aqui nem é tão cabeçudo em termos de resolução de enigmas, mas tem uma mecânica muito divertida de distorção temporal e uma história muito emocionante sobre duas crianças se despedindo enquanto uma delas se prepara para mudar de cidade. O que eu acho mais interessante desse game é a parte de UX: você basicamente aperta dois botões para fazer o tempo andar para frente e para trás a maior parte do game. Disponível em Nintendo Switch, PlayStation 5, Xbox One, PlayStation 4 e PC.

BRAID

E por falar em distorção temporal, esta lista não estaria completa se não tivesse esse clássico puzzle platform do game designer Jonathan Blow. Braid é um título de 2008, mas é daqueles jogos que não envelhecem – aliás, esse game revolucionou o cenário indie mostrando que é possível fazer jogos com uma densidade narrativo-filosófica mesmo eles não sendo produções de grandes estúdios. Cada um dos seis mundos de Braid oferece um tipo de distorção temporal para resolução dos enigmas. A narrativa de Braid não está na primeira camada do game, ela precisa ser saboreada e analisada. O final do jogo é triste. É sobre uma das piores invenções da humanidade, mas – todo o percurso – é encapado por um visual quase infantil e uma crítica óbvia a games famosos. Um dos jogos da minha vida, sem dúvida. Disponível em PlayStation 3, Linux, Microsoft Windows, Xbox 360 e Classic Mac OS e PC.

THE WITNESS

Bom, já que estamos falando do Jonathan Blow, já vamos colocar nessa lista The Witness. Esse game é um trabalho de obsessão desse game designer que desenhou centenas de puzzles de painéis luminosos manualmente para passar ao pessoal de produção do jogo. No início parece bobo; você olha e fala “peraí, é só ligar um ponto em um painelzinho??”. Mas conforme você avança no cenário de uma ilha vão surgindo puzzles ultra cabeçudos e referências ao cinema de Tarkovsky e ao livro “A invenção de Morel”. Tem momentos que dá raiva pela solução ser fácil e não conseguirmos enxergar, mas tem momentos que os enigmas ficam em um nível sobre-humano. Um dos puzzles de The Witness eu demorei 5 dias para resolver. Ligava o Playstation e ficava observando a tela. Até tirei uma foto na época para ficar olhando quando estivesse fora de casa. Tem pra todas as plataformas.

THE ALMOST GONE

Indiezão com uma pegada interessante de girar objetos 3D e resolver enigmas em cortes transversais das imagens. O game tem um clima de história de horror com atmosfera detetivesca. A navegação entre cenários é um pouco confusa no início, mas depois que você pega o jeito é fácil de avançar. Disponível em Nintendo Switch, Android, Microsoft Windows, iOS e macOS.

SNAKEBIRD

Joguei no smartphone esse aqui. Recomendo se você aprecia passar raiva. Snakebird é daqueles games que a primeira fase é fácil, a segunda é mediana, a terceira é difícil e daí pra frente é só ódio no coração para tentar resolver os puzzles. Recomendo você baixar o demo e jogar as dez primeiras fases antes de comprar. Eu confesso que travei na metade do caminho de tão impossível que fica. Mesmo assim, é um jogaço pela simplicidade com que trabalha os elementos bidimensionais. Disponível em Android, iOS e PC.

THOMAS WAS ALONE

Esse game é um plataforma puzzle maravilhoso. É a prova viva de que é possível fazer muito com elementos simples. Você controla um quadradinho vermelho que é o Thomas. Ele estava sozinho, mas vai encontrando outros amigos de quatro lados com poderes sortidos para ajudar ele a escapar de um labirinto. O game, além de tudo, tem uma história bem maluca sobre sistemas de computador em seu background. Tem para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Android e PC.

FRACTER

Sombrio, soturno e simplesmente surreal. Fracter é um jogo de puzzle com toques de horror muito sutis que vem envelopado por uma arte P&B maravilhosa e com um visual simples, mas poderoso. Jogue com um bom fone de ouvido, pois a paisagem sonora com toques de dark ambience é animal. Disponível em Nintendo Switch, Android, iOS e PC.

SHE REMEMBERED CATERPILLARS

She Remembered Caterpillars é um puzzle game que – como tantos outros – pode ser experienciado sem imersão com a história. No entanto, eu recomendo fruir dos textos que vão aparecendo entre os níveis. Por trás das lagartas que precisam atravessar portais e pontes de acordo com suas cores, tem uma narrativa brilhante sobre uma pessoa com suas memórias se desfazendo em um hospital. Disponível em Nintendo Switch, PC, Android e iOS.

DONUT COUNTY

Bem, nesse aqui você controla um buraco que vai crescendo conforme engole objetos. Ele vai aumentando até que passa a devorar prédios e cidades. Tudo isso com um visual low poli bem divertido. Tá na mão pra Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Android, iOS e PC.

THE PLANE EFFECT

Distopia, mundo do trabalho e puzzles; uma boa combinação. The Plane Effect é isso com um toque especial sobre a vida pessoal da personagem principal. Não é tão desafiador, mas vale pelo visual e pela trilha sonora maravilhosa. Tem para PlayStation 5, Nintendo Switch, Xbox One, PlayStation 4, PC, Xbox Series X e Series S.

HOOK

Hook é para quem curte minimalismo. É um game de desenganchar peças abstratas. Aliás, eu amo jogos abstratos. Direto e reto. Pra instalar no smartphone e relaxar.

VIEWFINDER

Belíssimo e com resoluções de puzzles visuais incríveis. É daqueles jogos que você olha e fala “caceta! Como alguém pensou nisso?”. Viewfinder é daqueles que não dá pra explicar. Tem que ver. Por isso, veja o trailer. É sensacional. Disponível para PlayStation 5, PlayStation 4 e PC.

PATRICK’S PARABOX

Patricks’s Parabox tem a mesma mecânica daqueles jogos de empurrar a caixa para o lugar correto sem deixar ela travar nos cantos. Qual a diferença? Aqui você possui caixas que entram dentro de caixas que entram dentro de caixas e quando você percebe está com um nó na cabeça. Eu tenho a teoria que fico mais inteligente a cada puzzle que resolvo desse tipo de jogo. Tem pra todas as plataformas e é um bom exemplo de como mecânicas clássicas e simples sempre podem ser reinventadas.

BABA IS YOU

E já que estamos falando sobre a mecânica de empurar a caixinha sem travar, tem mais um favorito dessa lista aqui: Baba is You. Um game de programação. Você é o gatinho Baba e sempre precisa pegar a bandeira. No entanto, você pode mudar as frases do cenário para virar outros elementos e ativar/desabilitar outros. Mais um título que é mais fácil ver o trailer do que ficar explicando. Tem pra Nintendo Switch, Android, iOS, e PC.

COCOON

Esse aqui é mais um game do criador de Limbo e Inside. Coccon é um plataforma puzzle bem interessante, sobretudo na questão narrativa “viajante”. É um espetáculo visual e tem uns puzzles beeeeem caprichados. O design de som e trilha sonora dark ambience do game são um complemento maravilhoso para os enigmas visuais da jornada. Disponível para Nintendo Switch, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X e Series S e PC.

TETRIS

Óbvio que não poderia faltar Tetris nessa lista. Joguei o game pela primeira vez no Game Boy lá nos idos de 1989. Tem filme sobre o game, tem história em quadrinhos sobre o game, tem cacetadas de jogos inspirados na mecânica de Tetris e – obviamente – você já jogou alguma vez alguma versão do game na sua vida. Além da história interessante, o game é um divisor de águas no mundo dos jogos abstratos. O trailer a seguir é o do Nintendinho:

EXIT: THE GAME

Bom, não é só de videogames que vive minha lista de puzzles games. Eu adoro os boardgames da série Exit. Basicamente é um kit que você destrói e joga uma vez só. É legal de reunir uma galera para tentar resolver no menos tempo possível. A maior parte das histórias é baseada em lógicas de escape the room. Você rasga as cartas, escreve com caneta nos tabuleiros, destrói a caixa etc. Tudo para encontrar respostas para os enigmas.

MAZESCAPE

Mais um boardgame. Esse aqui para ser jogado solitariamente. É brilhante: você tem um mapa que vai se abrindo e revela imagens de diferentes labirintos. Só há uma regra: você coloca um lápis de madeira no papel e não pode tirar ele, só pode ir movimentando-o pelo caminho até chegar na saída do cenário. Isso aqui é um trabalho de design primoroso.

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