Harry Nilsson. O Beatle americano.

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A primeira que eu ouvi foi essa. Aumenta aí.

Pensei que era o Paul McCartney. Ou Beatles mesmo.

Não era. Mas não errei por muito. Esse que você escuta ao fundo é Harry Nilsson, um americano que realmente foi uma grande influência musical e pessoal dos Beatles (nada mal ser uma influência PARA os Beatles, só para variar, não?)

Harry contou em uma entrevista que nos anos 70 recebeu um telefonema, no meio da madrugada assim:

‘I was half asleep,’ Nilsson recalled.
‘A voice says: “Hello, Harry. This is John.
Man you’re too fucking much, you’re just great.
We’ve got to get together and do something.”

‘I said, “Who is this?”
‘John Lennon.”
‘I said: “Yeah, right, who is this?”
‘“It’s John Lennon. I’m just trying to say you’re fantastic. Have a good night’s sleep. Speak to you soon. Goodbye.”

Era o John Lennon mesmo, que tinha acabado de escutar uma versão que Harry havia feito da música dos Beatles “You Can’t Do That” em que ele enfiou simplesmente 14 referências de outras músicas deles (ouça aqui, depois)

Uma semana depois, o telefone tocou de novo no meio da madrugada.

‘Hello, Harry. Yeah, this is Paul. Just wanted to say you’re great, man!
John gave me the album. It’s great; you’re terrific. Look forward to seeing you.’
The next Monday, Nilsson dressed and waited for a four o’clock call from Ringo.

E assim começou uma amizade que influenciaria a todos os envolvidos, com trocas musicais intensas e muitas, mas muitas baladas mesmo. Mas vamos deixar essa faceta da história para outro post e nos concentrar na herança musical.

Foi só depois de um tempo que eu descobri que eu já tinha ouvido o Harry Nilsson. E, provavelmente, você também. Ele, simplesmente, fez essa outra, 1969:

Sim, o cara fez “Everybody’s Talking”, o famoso tema do filme “Midnight Cowboy”.

Feita a introdução, ontem a noite me lembrei do Harry Nilsson e resolvi dar uma explorada na obra inteira, fazendo aquela gangorrinha Spotify/YouTube que tanto gosto. E estou fazendo esse post porque acho que você deveria fazer o mesmo. Fiquei HORAS, ouvindo suas composições e a maioria delas tem sempre uma elegância nos arranjos, umas misturas que tem tudo para não dar certo mas dá, e muitas passagens que são mesmo a cara dos Beatles (e do Billy Joel). Realmente um grande talento, que merecia ser mais conhecido. Mas pelo menos, você e eu já conhecemos. Ia até separar as coisas que eu mais gosto, mas é muito material, então vou deixar por sua conta porque é legal dar uma passada geral mesmo. Vou só deixar essa versão no piano de “Gotta Get Up” para você ver que uma obra prima tem (tem rap, tem looping, tem circo) é genial mesmo sem grandes produções.

Então vai lá no Spotify (e similares), vai no YouTube e  escreve “Harry Nilsson”. E ouça mais.

 

Se quiser, você pode seguir o meu playlist dele no Spotify:

https://play.spotify.com/user/wbrenner/playlist/0psJpEanvnCvviA37CAb8x

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