#asktransfolks, plataforma de diálogo e mudança

E se uma equipe de líderes globais, fabricantes, e ativistas pudessem trabalhar em uma missão para apoiar uma causa que meios de comunicação, bem como agências de publicidade, ainda ignoram?

Esta foi a motivação do primeiro projeto global do Papel & Caneta que reuniu em Nova York de 11 a 16 de maio um  grupo de 20 criativos de diferentes partes do mundo para uma imersão de 6 dias.

O projeto, criado em parceria com a MESA e FLAGCX, teve o desafio de ajudar transexuais que têm lutado para uma mudança positiva, apesar de toda a violência e preconceito contra eles. Como resultado foi criada uma plataforma chamada #asktransfolks na qual qualquer pessoa pode enviar perguntas para uma rede selecionada dentro da comunidade trans.

Perguntas como  ‘Quanto tempo dura o processo de transição?’ ‘Toda pessoas trans passa por cirurgia?’ ‘Quando você se deu conta de que não se identificava com o corpo que recebeu ao nascer?’

A ideia é informar e abrir um canal de comunicação e diálogo da sociedade, permitindo que pessoas
cisgênero não tenham receio de parecer insensíveis ou ignorantes e possam conhecer o vocabulário e, ao mesmo tempo, fazer com que jovens que estão assumindo sua identidade trans possam encontrar uma comunidade e rede de apoio.

AskTransf

A proposta da plataforma #asktransfolks é que as perguntas enviadas sejam respondidas com experiências reais, contadas em vídeo, por um ou mais membros de uma rede curada de integrantes da comunidade trans. O site asktransfolks.com agrega todas as respostas, criando um arquivo dinâmico de conhecimento, mas o debate acontece num ambiente público: o Twitter. Através deste debate público, #asktransfolks fornece novas narrativas, novas caras e novos recursos para desmistificar a experiência trans, e combater o medo que vem da ignorância.

O lançamento aconteceu em Nova York e está sendo feito um esforço especial para que a plataforma seja populada por brasileiros. Entre os profissionais que assinam o projeto estão americanos, coreanos, ingleses, filipinos e canadenses, mas o time que liderou todo o processo foi formado por um grupo de brasileiros. O Brasil é o país onde mais ocorrem assassinatos de travestis e pessoas trans no mundo. Entre janeiro de 2008 e abril de 2013, foram 486 mortes, quatro vezes mais que no México, o segundo colocado na lista.

Vale a pena conhecer o projeto.

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