Se tem algo que distingue quem esta no Cannes Lions pela primeira vez (eu) de quem já é veterano na experiência é a vontade de acompanhar todas as palestras que o evento oferece. Eu, histérica que estou, confesso que tenho mantido uma média alta de presença na programação.
Por falar em palestras, engajar, emocionar e provocar foram as três palavras mais repetidas nestes dois primeiros dias. Missão fácil? Claro que não, mesmo para estes ícones da propaganda internacional. Pense: se já é difícil conquistar a atenção do consumidor comum, calcule o grau da missão de encantar uma plateia lotada de publicitários.
David Copperfield foi um dos mais aplaudidos, provavelmente por estar acostumado com a fórmula do bom espetáculo. Mais do que uma palestra, nos primeiros cinco minutos ele já tinha arrancado risos com um número do seu show e causado emoção revelando parte da sua história. Fredrik Öst, Diretor de Criação da Snask, trouxe cases reais para ilustrar a importância de lutar por ideias inusitadas que muitas vezes oferecem risco, com o objetivo de ir mais longe.
James Herring, co-fundador da agência Taylor Herring, destacou que trabalho bonitinho não ganha mais atenção de ninguém e falou sobre a necessidade das marcas pararem de interromper e passarem a entreter o consumidor.
Masaru Kitakaze, CCO Mundial do Grupo Hakuhodo, defendeu algo que temos insistido muito no Clube de Criatividade do Paraná: “é fundamental montar uma equipe com perfis complementares (inclusive de fora da propaganda), remover a nomenclatura da função de cada colaborador e coloca-los juntos para criar campanhas muito mais colaborativas e criativas”.
O resumo? Ser criativo é conseguir se redescobrir dentro do próprio mercado. :)
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