Publicis, Porta dos Fundos, O2 e RT discutem os desafios do audiovisual

A CCXP UNLOCK, evento da Comic Con Experience voltado para os negócios, convocou um time de peso para abordar os desafios do audiovisual no mercado contemporâneo. Representantes do Porta dos Fundos, Publicis, O2 e RT Features participaram nesta quinta-feira (1), de uma palestra sobre o assunto. O bate-papo foi mediado por Nathalia Arcuri.

Quando o assunto foi a própria criação de conteúdo, Hugo Rodrigues, CEO da Publicis, refletiu que hoje tudo é mais descartável e dinâmico, o que provoca uma criação de conteúdo audiovisual que faça “mais com menos”. Segundo o executivo, os próprios clientes pedem isso. Portanto, o ideal é não esperar a aprovação de uma verba enorme, mas se virar com o que tem. “É melhor aproximadamente hoje, do que exatamente nunca”, disse.

Ricardo Laganaro, diretor da O2, afirmou que as pessoas querem, cada vez mais, fazer “parte da história”. O conselho do profissional é apostar em narrativas imersivas, com destaque para a realidade virtual. “É hora da gente aqui no Brasil começar a prestar atenção nisso”, afirmou.

Quando o assunto foi relação com marcas e conteúdo audiovisual, Antonio Tabet, sócio do Porta dos Fundos, foi categórico: “A gente não pode mais subestimar as pessoas. […] Um dos segredos do sucesso do conteúdo audiovisual são boas histórias. Não adianta fazer varejão, é preciso uma boa história, que capte o cara”, explicou.

E também é preciso se adequar ao meio. “Pior coisa de branded and content é quando você vê aquela coisa que é chapa branca”, refletiu Laganaro. Tabet aproveitou a deixa e revelou que o roteiro do vídeo abaixo foi oferecido ao Outback e eles adoraram… Com uma condição: no final do vídeo, o personagem teria que falar a seguinte frase: “Sorte que esse tipo de coisa não acontece no Outback, né?”. A parceria não foi pra frente, mas o vídeo foi ao ar, mesmo sem a menção à marca.

Quando o assunto é monetização, Rodrigo Teixeira, da RT, falou sobre os desafios específicos das obras cinematográficas. Segundo o profissional, é complicado captar algum tipo de verba se não for por meio das leis de incentivo. “Por mais que você tente remar contra a maré, é impossível você competir sem os incentivos”, disse após revelar que não é adepto desse tipo de captação.

Tabet comentou que a verba do Porta vem de patrocínio e também da geração de receita do próprio Youtube. “Dá pra comprar uma balinha Juquinha”, brincou.

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