Quem não gosta de Samba, bom sujeito não é

Seu Jorge conseguiu registar seu filho como “Samba”. A Justiça entendeu que a tradição étnica e cultural do cantor explicam a escolha.

A filha da Marilia Pera chama-se Esperança. Já Luana Piovani escolheu Bem para um dos filhos.

São nomes diferentes que trazem um conteúdo positivo.

Pois não é que essa semana, Seu Jorge foi registrar seu filho com o nome de Samba e o cartório não permitiu.

A princípio, pais têm o direito de escolher o nome que quiserem a suas crias.

A legislação brasileira não proíbe nomes específicos de forma direta, mas a Lei de Registros Públicos recomenda que se evitem palavras que exponham a pessoa ao ridículo ou que possam gerar eventuais constrangimentos.

Claro?

Claro que não.

O que é afinal, um nome constrangedor? Pinto? Sal?

A discussão nos inspira a pensar sobre as Marcas que, assim como os nomes, não significam nada sozinhas. Alguém compraria uma perua Besta ou uma SUV Picasso, apenas levando em consideração o nome?

Marcas são construídas e, como toda construção, pressupõe vínculos entre algumas partes.

Que partes são essas?

1. Os fabricantes

A história da empresa produtora, sua tradição, seu posicionamento e diferenciais definem boa parte das suas marcas que podem e devem sintetizar os valores do produto ou do serviço.

A marca deve provocar reflexões, causar desconforto positivo no sentido de motivar as pessoas a notarem a sua presença e refletirem sobre ela.

2. Os consumidores

Todos somos consumidores permanentes e em vários níveis. Alimentos, roupas, livros, lazer, ideias, causas são consumidos em um ritmo incansável e involuntário.

Nossa capacidade seletiva nem sempre é eficaz e, por isso, dependemos de relevâncias através das marcas que nos abordam.

Estamos interessados em satisfazer às nossas necessidades concretas e, cada vez mais, às demandas afetivas também.

Por isso, marcas podem e devem oferecer este acolhimento emocional a seus clientes.

3. O contexto

A vida é dura mas saborosa. Uma cocada nem sempre macia, mas gostosa ao final…

O ambiente social e econômico se altera rápido e constante, o que nos leva a uma atenção sobre as tendências, protocolos, direitos, deveres, causas, lovers e haters.

A escolha de uma marca ou nome demanda esse olhar conjuntural. O grande desafio está na escolha de uma palavra capaz de navegar nas turbulências do cotidiano.

É óbvio que a marca isolada não cumprirá essa missão com eficácia. Ela depende do esforço diário de um Marketing bem realizado.

Seu Jorge conseguiu registar seu herdeiro como Samba.

A Justiça entendeu que a tradição étnica e cultural do cantor explicam a escolha.

Que o Samba seja feliz e nos alegre tanto quanto o pai.

E que você também crie bons ritmos aos seus produtos e serviços. Não apenas no batizado mas na vida toda.

Clientes adoram bons sons.

Escrito por:

Fernando Adas, fundador da Fine Marketing e autor do livro “O Safado, a Biscate e Eu”.

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