Um quadrinho, um reels e muito significado

Nós queremos dar significado a tudo, mas nem tudo precisa significar algo.

Nós queremos dar significado a tudo, mas nem tudo precisa significar algo.

É complexo o porquê tudo parece necessitar de complexidade. Não é à toa que nunca deixamos de repetir que o mundo está cada vez mais difícil.

Esse é o lado bom. O que não conseguimos ver. A perspectiva oculta, aquele ponto de fuga que relutamos seguir.

Outro dia li que a atual tecnologia, essa de conteúdo de massa, está tornado o mundo mais difícil e não é pela sua constante engenhosidade. Aquela que nos fez sair de andar a cavalo para conversar com computadores.

É sobre engenharia reversa. Aquela que entende como pensamos e nos encaminha para pensar menos com o pretexto de facilitar a vida. O conforto, o conformismo.

Nossos jovens não estariam mais acompanhando começo, meio e fim. Um Reels é somente começo, ou meio, ou fim.

Não há significado.

A diferença é que não ter significado é diferente de querermos significar tudo. É quase uma hipérbole dadaísta, mas sem a contra cultura.

O vazio tira a perspectiva. É nada.

O Nada, se bem me lembro, é um Lobo feroz que consome sem pudor a fantasia. Pelo menos foi o que aprendi assistindo “História sem Fim”.

Mas diferente de consumirmos o vazio editado com, ou começo, ou meio, ou fim, nós ainda podemos nos sentir ocos e, ainda assim, significar muito mais.

Tudo isso, inspirado em compartilhar com você este Quadrinista, Pascal Campion, com esta história, com começo, meio e fim, que li hoje pela manhã, no meu feed de vazios.

A vida é mesmo complexa.

Receba nossos posts GRÁTIS!
Deixe um comentário

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More