Gastando um tempão nos detalhes? cuidado, o Perfeccionismo pode matar sua criatividade

Perfeccionismo é uma palavra que remete a algo positivo. Caprichado. Detalhista. Perfeito. Ou, pelo menos, com essa intenção.

“Ele é um perfeccionista”, costuma ser interpretado como um elogio.

Mas veja a definição, a primeira frase, que explica o perfeccionismo segundo a Wikipédia:

“O perfeccionismo é um distúrbio neurótico no qual a pessoa sente constante insatisfação com seu desempenho e dúvidas sobre a qualidade de seu trabalho, levando o indivíduo a escrupulosidade, verificações de pormenores, obstinação, prudência e rigidez excessivas prejudicando a sua pontualidade e eficiência.”

Perfeccionismo é ruim. Diz respeito ao exagero e não à vontade de fazer bem feito. Sofro desse mal, já gastei muitas e muitas horas ajeitando layout em um nível de detalhe que ninguém mais, além de mim, iria reparar. Ou até ia, mas não era necessário naquela etapa. E tenho certeza que muitos diretores de arte, redatores e basicamente qualquer profissional que tenha a missão de arrancar ideias de dentro da cabeça e colocá-las em algum suporte palpável, passa por isso com frequência.

Não que não seja louvável essa vontade de fazer sempre o melhor possível, mas tem um momento na linha do tempo da criação em que o custo/benefício não justifica mais o tempo investido em detalhes e – pior – provavelmente está comendo um tempo que poderia/deveria ser melhor empregado desenvolvendo mais ideias ou refinando conceitos ou outra coisa qualquer mais valiosa para determinado projeto.

“O ótimo é inimigo do bom” (se bem que algumas vezes o “bom é inimigo do ótimo”, então no fim é questão de bom senso)

Introdução do tema feita, deixo você com o Diretor de Arte americano James Victore para um “presta-atenção” rápido, de um minuto e meio. E o nome que ele deu é ótimo: “FECK PERFUCTION”.

E se você é o cara do outro lado da mesa, que participa de processos de avaliação e aprovação de produtos criativos, saiba usar isso em seu favor. A busca prematura pelo perfeito impede todas as coisas boas que poderiam surgir no meio do caminho, nas imperfeições. Sobre a mesa NÃO está um produto final. Aprenda a ficar confortável com o “trabalho em andamento”. Vire um especialista em enxergar o POTENCIAL das ideias.

“O caminho se faz ao andar” ;)

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