Finais reais

Não acredito em finais felizes!
Será que eu deveria escrever sobre isso? Compartilhar estes meus pensamentos em alto e bom som, leia: num post pra todo mundo ler.

Mesmo achando que a grande maioria da minoria das pessoas também pensam assim como eu. Este ainda é um assunto polêmico.

Eu poderia fazer uma lista de coisas que eu culpo por eu pensar assim, mas hoje resolvi colocar a culpa em uma coisa só: filmes e em alguns dos meus ex namorados que me ajudaram a criar estes traumas.

Os filmes românticos me parecem tão surreais e falsos que acabei criando uma aversão à eles. Se não fosse por essa minha mania de ainda assisti-lo e chorar em todos.

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Os melhores filmes românticos, para mim, são aqueles que não terminam bem, ou melhor, terminam como a vida é: cada um indo pro seu canto, separados, indo cuidar da própria vida.

Tem cena mais linda e sofrida do que aquela quando Alice Ayres (Natalie Portman) fala que não ama mais Dan (Jude Law), no filme Closer?!

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Sou uma das poucas pessoas deste mundo que gosta do filme “Separados pelo Casamento” não que seja um filme incrível, com atuações memoráveis da Jennifer Aniston ou do Vince Vaughn, ou um roteiro completamente inovador.

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No entanto, aquela cena final onde eles se encontram, após terem magoado um ao outro e terem passado um tempo longe e de um jeito ou outro você espera que eles voltem… Eles simplesmente seguem cada um para um lado e está tudo bem.

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Se você nunca viu os filmes acima, me desculpe pelos spoilers e vou falar outro no parágrafo abaixo, desculpe por esse também.

Num caso mais recente, o filme “Begin Again”, este que fui ao cinema para assistir, num dia em que era a única opção e eu nem sabia do que se tratava. Quando começou, pensei: ai que merda! E quando terminou, falei para minha amiga que estava ao meu lado: ai que filme bom e com final real, onde nem tudo dá certo, mas dá.

Ou como grande parte dos filmes de Woody Allen, que apesar de ser uma das poucas pessoas que eu daria um soco no meio da cara, tenho lá minhas dúvidas se o mundo seria como é se não tivéssemos seus filmes. Sinto um prazer quase que anormal quando Vick e Cristina voltam para casa sem terem resolvido porcaria alguma de suas vidas (tinha escrito mais exemplos de seus filmes, mas resolvi cortar e escrever um texto só sobre Woody Allen, esse fdp).

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Ahh não posso esquecer de Blue Valentine, triste e real.

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Saindo um pouco dos filmes, mas ainda no mundo do entretenimento. Vamos combinar que poucas coisas na vida são tão chatas do que esse exagero em tentar mostrar a vida de famosos casados como o conto de fadas mais perfeito do mundo. Mesmo com esse bafafa em torno de Gisele e Tom Brady, eu realmente tenho dificuldades em imaginar a vida deles sendo chata.

Porém, eu tenho quase certeza que a Gisele deve ser tão maluca quanto eu quando esta de TPM e ter surtos temperamentais com Tom Brady porque ele marcou um jantar com uns amigos dele que ela não gosta. E duvido que ele seja legal e bem humorado aos domingos a noite ou que arrume a cama quando ela pede.

Ai quando estes casais se separam, os jornais e mídia fazem disso como se fosse a terceira guerra mundial. Drama, drama e mais drama. E sinto lhes informar, mas eles são tão gente como a gente e não vão ter finais felizes não! Vão ter um final real.

Se a gente seguir a risca os filmes românticos, vamos acabar saindo com aquela pessoa que mais nos tira do sério, que nos trata mal, mas que de alguma maneira achamos essa pessoa sexy e queremos transar com ela! Pronto, amor para vida toda. Ou ainda, o amor esteve sempre ali do nosso lado, nosso melhor amigo. Ai que tola, como eu nunca percebi isso antes?!

A verdade é que depois de uma certa idade você não quer ver seu melhor amigo pelado – e provavelmente você já fez isso nos seus tempos de faculdade.

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Os filmes e arte nos influenciam tanto, que até mesmo numa manha de domingo, quando vocês acordam e estão tomando o café da manhã em silêncio, você pensa que tem algo errado.
Afinal, quando num filme duas pessoas estão no meio de alguma refeição em silêncio é porque tem algo errado. E cá entre nós, o que pode ter acontecido de tão incrível que precisa ser dito numa manhã de domingo? Seu sonho estranho?!   Que ele continua roncando, mesmo após o tratamento?! Sério, a única coisa que se passa na minha cabeça é: porque eu acordei tão cedo num domingo?!

Pode ser que não tenhamos relacionamentos perfeitos. Pode ser também que a nossa trilha sonora não seja uma canção da Barbra Streisand (quem dera se as pessoas ouvissem mais ela). Ninguém vai salvar ninguém. Nem todas as noites serão mágicas e iluminadas. Mas que eu prefiro ter uma relação real, como a que eu tenho hoje, do que qualquer outra dessas histórias de amor, ahh eu prefiro. A final ela realmente está acontecendo, ao vivo e a cores, nós somos os personagens principais, roteiristas e diretores.

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