Assim como as rosas, as marcas também não falam. Além de não falarem, não perdoam, não elogiam, não xingam. Temos o costume de dizer que o UBER é gentil, que a companhia telefônica não presta ou que o site nos ressarciu. Não quero mudar isso, mas no fundo qualquer ação sempre parte de pessoas que representam determinada marca.
Um exemplo é a boa imagem que o “japonês da Federal” deu à PF prendendo políticos corruptos na operação Lava Jato. Através de suas ações, muitos brasileiros passaram a confiar no órgão e ter uma crença de que a maioria de seus funcionários tinha o mesmo objetivo de Newton Ishii. Hoje, com o anúncio de sua prisão por facilitar contrabandistas a entrarem no Brasil, automaticamente a marca “Polícia Federal” perde sua credibilidade.
Quando recomendamos o “Rei do Iphone” pela sua honestidade no caso que propagou nas mídias sociais, a honestidade só foi possível por conta da ação do funcionário, que desaguou diretamente na imagem da marca.
O mesmo acontece com a nossa marca pessoal, ou o personal branding, como alguns autores gostam de chamar. Júlio César já dizia antes da era cristã que o “parecer” é tão (ou mais) importante quanto o “ser”. Por isso, a marca Tiago Souza precisa parecer forte para o seu mercado, e isso só é possível se a pessoa física Tiago Souza souber mostrar o seu melhor e esconder (ou melhorar) o que há de pior nela.
Todos temos nossas corrupções morais e não cabe aqui nivelar quem é o mais puro. Cabe analisar que a imagem das marcas é importante e essa importância só se dá com ações humanas que propagarão entre outros humanos, mesmos porque marcas também não compartilham.