O Google Brain é um software capaz de adivinhar e recriar imagens à partir de um mosaico mais básico do que a parede do seu banheiro. 64 quadradinhos viram um rosto, por exemplo.
Olha só: a coluna da esquerda é a única imagem que o Google Brain recebe para trabalhar. A do meio é a que ele construiu. E a da direita é a imagem real (a original, que foi reduzida pra 8×8)
MAS COMO SE É IMPOSSÍVEL “AUMENTAR” RESOLUÇÕES?
Como você deve saber, não dá para “aumentar” resolução. É impossível criar mais detalhes a partir de uma imagem com resolução menor. O que dá para fazer, e existem alguns softwares já disponíveis para isso, é uma gambiarra digital conhecida como NN (“nearest neighbour” ou “vizinho mais próximo”) usando pixels avizinhados para criar novos e dar a impressão de resolução maior. Mas partindo de um singelo mosaico desses, só com 64 pixels e voltar com um rosto, não dá. Quer dizer, agora dá né? Os caras estão fazendo justamente isso. Mas é de uma forma um pouco mais complexa.
Olha que legal: primeiro, o Google usa seu gigantesco banco de imagens e tenta parear esse mosaico 8×8 com outras imagens que são boas candidatas e que também são reduzidas para um 8×8. E aí vai atrás do melhor match, por sobreposição.
Depois, com essa imagem já um pouco melhorada, o Google consegue descobrir do que se trata. É um rosto? É um barco? É um urso? O Google sabe pela estrutura básica dos elementos. É a mesma ferramenta que usamos para fazer buscas por imagem. E sabendo do que se trata a imagem, o software consegue preencher muitos dos pixels que faltam. Em uma sobrancelha, por exempo, o software preenche os buracos com pixels marrons. E por último, usa a técnica dos pixels vizinhos para deixar mais “nítido”.
Enfim, essa minha explicação tá bem simplificada porque a intenção aqui é passar uma ideia de como a coisa toda funciona. Se você quiser uma explicação mais técnica e detalhada, você pode seguir por aqui.
MAS AFINAL, SERVE PRA QUÊ?
Pô! Estamos esperando a tecnologia há anos! Serve pra isso:
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