Se algum canal de TV resolvesse apostar em um esporte com apenas 11 minutos de jogo, mas que desse para enrolar a ponto de tomar umas 3 horas da grade de programação e ainda enfiar 20 breaks com 5 comerciais em cada, seria pouquíssimo provável que você acreditasse na fórmula. Mas ela existe e está no ar. Há tempos. Nos estados Unidos.
O futebol americano é um milagre comercial que só pode ser explicado pelo fanatismo de seus torcedores.
– A média de ação é de 11 minutos (um cálculo famoso feito Wall Street Jornal anos atrás)
– A duração média das partidas é de 3 horas e 12 minutos
– O tempo total dos replays excede o tempo de “jogo jogado” (são 17 minutos de replay contra os 11 de ação)
– O tempo médio de cada jogada é de 4 segundos
– São 100 comerciais, mais de 60 minutos ou 1/3 do tempo total do jogo
Ou seja, quando alguém assiste futebol americano pela TV, o que menos assistem é o jogo. São 2/3 de gente com a mão na cintura ou gritando entre as jogadas e uma avalanche de propagandas nos breaks, nos replays e in loco.
Isso todo domingo, sem contar o SuperBowl, claro.
Comercialmente ganham de lavada do nosso futebol, que têm apenas as chamadas e o intervalo. E toca inventar todo tipo de coisa durante os 90 minutos que não páram.
Agora, como esporte… como pode? Como aguentam? Só pode ser por causa das batatinhas e da cerveja.
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