Os arranjos cada vez mais sofisticados das gigantes marching bands universitárias

Sempre fui fascinado pelas bandas que marcham.

Marching Bands não tem palco. Tem fade-in e fade-out.

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Você começa a ouvir uma música lááá longe, aí ela vai aumentando, pescoços vão girando na mesma direção e eis que surge no horizonte um espetáculo ambulante.

battleSão crias das antigas bandas militares, aqueles caras malucos que avançavam pelo meio dos campos de batalha armados apenas com tambores e instrumentos de sopro, enquanto balas e bolas de canhão zuniam pelos ares. Imagina, todos os soldados armados até o dentes e de repente chega um cara empunhando bravamente o seu pífano. Quem foi que inventou isso, de colocar música no meio da guerra? Bom, na verdade a intenção inicial era ajudar na formação, comandos e deslocamentos dos pelotões, mas com o tempo as bandas militares foram ganhando importância como injeção de moral na tropa e demonstração de poder perante os inimigos.

O que seria da cavalaria se não fosse o trompeteiro no cavalo da frente?

Formação da Banda da Universidade de Oklahoma em 1915.  Enquanto essa tocava na universidade, havia outra rodando campos de batalha na primeira guerra.
Formação da Banda da Universidade de Oklahoma em 1915. Enquanto essa tocava na universidade, havia outra rodando campos de batalha na primeira guerra.

Bom, felizmente as bandas militares foram migrando para a parte cerimonial e hoje as marching bands universitárias são as que mais preservam esse espírito, só que agora as batalhas são esportivas. E a parte artística continua aflorando. Não é fácil! São mastodônticas, costumam ter em média 300 integrantes (mais ou menos a mesma coisa que uma bateria de escola de samba) e fazer o Godzilla virar poesia é sempre um desafio.

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Mas a cada ano, tentam se superar na escolha do repertório, do arranjo e nas formações e transições elaboradíssimas. É difícil achar videos ou audios que consigam fazer jus à experiência ao vivo. São difíceis de enquadrar na telinha das câmeras e a captação do som jamais vai conseguir reproduzir a movimentação sonora que só quem está lá pode ouvir.

Mas mesmo assim, impressionam. Se lá trás era o famoso hum-pá-pá da banda que passava, agora fazem arranjos de se ajoelhar, como esse:

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As mais legais na minha opinião são a “Pride of Oklahoma” (do arranjo acima) e a “Ohio University Marching Band”.

Outro dia faço um post sobre as marching bands de rua, bem menores, as de New Orleans excelentes.

Se quiser ouvir mais arranjos espetaculares das “tropas sonoras injetoras de adrenalina”, tenho um playlist que você pode seguir, sempre que acho alguma coisa bacana eu coloco lá. Ouça MUITO alto, senão não funciona.

https://play.spotify.com/user/wbrenner/playlist/3nskRU6XCh6iPajnanKGoH

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