Neuroplasticidade: como a tecnologia está mudando o seu cérebro

leonardo

Não é de hoje que estudos neurocientíficos tem ganhado espaço e relevância para as marcas e a industria criativa. E como não podia deixar de ser, logo na manhã do primeiro dia do SxSW, uma das palestras mais bacanas foi sobre o tema, “NEUROPLASTICITY & TECH“, apresentado pela agência inglesa HeyHuman sobre um recente estudo que eles fizeram.

Depois de zilhões de estudos onde eles escanearam o cérebro de pessoas enquanto estas eram estimuladas ou faziam alguma atividade (ou várias ao mesmo tempo), chegaram a algumas conclusões bem interessantes:

• É fato que contexto de hiperconectividade em que vivemos hoje está mudando a forma como o nosso cérebro se conecta e como ele opera.
(Segundo o conceito sobre Neuroplasticidade, mudanças físicas reais ocorrem também durante a vida adulta, fruto de toda experiência pela qual passamos. Ou seja, a forma como vivemos influencia como o nosso cérebro realiza as ligações internas futuras. Sempre.)

• Multi-tasking nos deixa menos eficiente e menos inteligentes.
Ver um filme, ver um filme buscando algo na internet, e ver um filme buscando algo na internet e conversando no WhatsApp mudam bastante o resultado sobre o nível de engajamento, absorção e conexão do público com a mensagem. Essa é uma realidade cada vez maior, e se os pré-testes de campanha não levam em conta esse fator, as marcas estão planejando em cima de uma condição que hoje só é real em laboratório.

• A tecnologia (quando excessiva e dispersiva) nos faz perder o foco ou simplesmente “desligar-nos” do que está a nossa volta para focar em um único canal.

• Terceirizamos nosso conhecimento para outros dispositivos, pois não precisamos mais guardar um monte de informação que agora está a um click de distancia. Com isso estamos ficando rápidos e rasos, e tendo mais dificuldade de concentrar em uma única atividade por mais tempo.

• Este estado de constante distração e estímulo faz com que a atenção seja cada vez mais cara. (investment x attention)
O que fica é a necessidade de simplificar a mensagem. Deixar as coisas mais simples para quem está com baixa atenção e pouca paciência.  Saber usar a tecnologia a favor da marca é uma dica importantíssima pra quem quer ser mais relevante nos dias de hoje onde uma boa campanha é apenas um convite para um início de conversa que antes da compra migra para o online.

neuro

Não se sabe onde a influencia da tecnologia no nosso cérebro vai parar. Quem sabe no SxSW do ano que vem a gente já tenha um cheiro sobre a resposta.

*A cobertura do Update or Die tem o oferecimento do Santander. Apoio cultural do Twitter Brasil e Apex-Brasil, parceria de conteúdo com a Revista Trip e a produtora de áudio Luchalibre.

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