Postar todo dia traz resultado.
Traz mesmo!
Você posta todo dia, várias vezes por dia, e essa máquina chamada Instagram vai amar.
Vai entregar.
Porque afinal, sem postagem toda rede social é uma página em branco.
Ela depende daquilo que a gente tem para falar.
Para muitas marcas, postar todo dia é essencial: se faz lembrar, incita o desejo, estimula o consumo.
Mas para quem quer produzir conteúdo de qualidade, essa “fórmula” pode ser uma prisão.
No começo funciona.
Depois nos vemos refém, toda hora com o celular na mão, postando coisas raramente relevantes, só para manter “altas taxas de engajamento”.
O que seria isso, senão um engajamento forçado?
Um engajamento “não natural” (porque não vai me dizer que é natural do ser humano ficar mostrando toda hora, tudo, para todo mundo).
Um engajamento artificial, porque é criado por métodos artificiais, técnicas, estratégias, planejamento, inseridos em uma rotina louca que responde pelo nome de “constância”.
E logo por gente que valoriza tanto a autenticidade.
Autêntico nada!
Eu não falo todos os dias com meus amigos.
Tem amigos que não falo há meses!
Mas eles continuam sendo meus amigos, porque com eles, sim, tenho um “engajamento” real.
Não estou levantando aqui a bandeira absolutamente contra a postagem diária de conteúdo.
Levanto a bandeira contra isso acabar te aprisionando, para atrair seguidores que você precisa ficar “alimentando”, senão eles deixarão de ser seus seguidores.
Levanto a bandeira a favor da qualidade e não da quantidade.
A bandeira da autenticidade, e não da artificialidade.
A bandeira de não criarmos leitores e consumidores de conteúdo famintos por conteúdo diverso, raso, curto, incapazes de parar para ler, ouvir, ver e refletir com maior profundidade e qualidade de tempo.
Poste qualidade e não quantidade.
Se tiver um rompante de inspiração, faça vários posts.
Mas se tiver cansado e se sentindo aprisionado, olhe pela janela, leia um livro, pare de querer entregar toda hora e comece a receber mais.
O ócio, afinal, é necessário para a criatividade.
Parar para refletir sobre as coisas é necessário para a sabedoria.
Afastar-se do “quadro” de vez em quando, é necessário para contemplar a obra e ver onde ela está te levando.
