Asas ou raízes: que tipo de pessoa você é?

Você prefere voos longos ou fixar seus pés e curtir longos períodos no mesmo lugar? Aparentemente, talvez você pense que um seja melhor que o outro, mas não é bem assim. Sem asas não existem raízes e o contrário é a mais pura verdade.

Certa vez, eu conversava com uma amiga que não via há tempos, e um dos assuntos era sobre como as pessoas nos percebem.

Ela, por exemplo, sempre foi um ser humano flutuante, que vaga pelo universo em busca de novas experiências, sem lugares fixos. Sempre pronta para contar uma nova história.

E as pessoas, muitas vezes, cobram isso dela, como se fosse algum tipo de crime não estar sempre presencial.

Daí, do nada, eu falei para ela que talvez existam pessoas com asas e pessoas com raízes.

Ela seria um ser humano com asas, que voa pelo mundo, a fim de polinizar outras pessoas que têm raízes.

O riso foi grande.

Quem escolhe ter raízes não quer dizer que fez uma má escolha.

Sem ter onde pousar, seres alados perdem-se pelo caminho.

As muitas histórias de quem tem asas não são de nenhum outro lugar senão de suas visitas a quem tem raízes.

Umas dependem das outras.

Sem o voo de quem tem asas não haveria as histórias que só são possíveis por causa dos galhos, da sombra e das flores de quem tem raízes.

Quem tem asas, um dia pode escolher trocá-las por raízes e o contrário também é possível.

O que não é possível é fugir das nossas próprias histórias.

Quer você voe ou fique plantado em algum lugar, vai depender sempre de como se relaciona com as pessoas com quem escolhe se conviver.

E essas escolhas vão sempre definir o tamanho de suas asas e a profundidade de suas raízes.

Longas asas te levam a lugares muito mais distantes.

Raízes profundas garantem uma vida mais longa e flores mais viçosas.

Lugares distantes oferecem experiências novas e um repertório cada vez mais rico.

Flores viçosas chamam mais a atenção e, uma vez polinizada, é possível dar melhores frutos.

Estamos todos conectados, de muitas e infinitas formas.

Somos todos dependentes uns dos outros.

Negar isso é um erro ingênuo.

Sejam asas ou raízes, não importa, escolha sempre a melhor história.

Afinal, o que sempre resta, literalmente, são as lembranças que criamos.

E o que são as lembranças, além das experiências que vivemos?

Somos as nossas escolhas, somos as nossas histórias.

Entre pousos e decolagens, entre raízes, troncos, galhos, folhas, flores e frutos, estamos todos naturalmente misturados nesse balé chamado de vida.

Que ela valha a pena!

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