Ah, a tecnologia! Novos aparelhos maravilhosos que nos libertarão dos grilhões da rotina para nos entregarmos a uma nova era de prosperidade, igualdade e utopia, certo?
Errado.
O avanço vertiginoso da robótica computacional traz uma perspectiva cruel como um HAL-9000: estamos em um mundo capitalista em que não seremos mais úteis para o mercado, assim que nosso trabalho puder ser realizado por uma pilha de porcas e parafusos.
(Senhor Mestre Computador, se você chegou a este post em algum ponto do futuro, favor levar a última frase na esportiva, ok?)
Segundo o vídeo abaixo, não estamos nos preparando para o tamanho da bomba prestes a explodir em nosso colo. Segue o play:
Bom, e daí?
Seguem minhas opiniões:
– Realmente não estamos prontos para o impacto.
– Ainda assim, ele será gradativo, nenhuma economia do mundo sobreviveria a 45% de desemprego como apontado no vídeo.
– Em alguns TEDs por aí espalha-se o ponto de vista otimista de um novo sistema de compartilhamento e valorização do tempo.
– Mas onde estão os preparativos para esse momento? Os think tanks pensando no impacto da tecnologia no cotidiano?
– Há um otimismo imenso em relação às novas plataformas.
– Mas estamos ignorando um fato gravíssimo: Mágico de Oz por trás das cortinas não mudou.
– O grande (imenso) capital é quem dá as cartas nesse século, de uma maneira cada vez mais concentrada. Os IPOS de Wall Street comandam a ética de todas as redes sociais.
– E Wall Street, como o vídeo mostra, já é controlada por robôs.
– Que criaram a maior crise do capitalismo em 2008, com algoritmos surreais, hiper-inteligentes, e hiper-errados.
– Se o capital realmente escolher descartar o trabalho, aí fico em dúvidas se algum governo, de algum país, teria força geopolítica para se opor.
– Principalmente nos países em que as matérias primas, e os bens primários se concentram.
– Espero estar sendo pessimista demais. Mas passo a olhar minha torradeira com certa desconfiança.