Terminei o ano de 2015 lendo um livro do grande escritor norte-americano, Ernest Hemingway, a famosa obra “O Velho e o Mar”. O livro é pequeno, mas a obra é gigante, escrita com maestria pelo autor em 1951.
O enredo tem como personagem principal o velho pescador Santiago, que passa por uma maré de azar: faz 84 dias que ele não pesca um peixe sequer. No octogésimo quinto dia, o velho vai ao mar tentar a sorte, após a insistência de seu jovem amigo e fiel escudeiro Manolin. É nesta manhã, ainda quase que de madrugada, que Santiago embarca em sua pequena canoa para tentar a sorte. Meio que sem rumo, o velho adentra na imensidão do mar e depois de horas a fio, já no meio da tarde, sente uma fisgada no anzol. Era um peixe… Foi com o tempo que Santiago conseguiu mensurar o tamanho do bicho, pelo menos três vezes maior que o tamanho de sua canoa, mais de 300 quilos, com toda a certeza.
Não iria ser nada fácil matar aquele peixe, muito menos trazê-lo para dentro de barco. O velho passou dias e noites lutando para conquistar aquela vitória. O esforço foi imenso até que ele conseguiu matar o peixe e com um esforço quase que sobre-humano, tirou forças de dentro de si e conseguiu amarrar o peixe do lado de fora do barco. E assim, sem acreditar no que havia feito, achando que ainda era um sonho, Santiago, muito debilitado, se põe a fazer a viagem de volta para o continente.
Não vou continuar a história, pois não quero dar nenhum tipo de spoiller, quem não leu, vale e muito a leitura. Quem leu sabe como é a volta de Santiago para seu vilarejo.
O que quero destacar desse livro é a força do velho pescador para obstinadamente concretizar seu objetivo. Ele não desiste no meio do caminho, ele não se importa com todas as dificuldades que passa, dentre elas vale destacar: fome, sono, medo, dúvidas, esgotamento físico, um lampejo de quase morte. Envolto por tudo isso, Santiago tem uma meta e não desiste dela.
Meu desejo para 2016 é que não rasgamos ou risquemos nossas metas das agendas. Se, por algum motivo, elas foram rascunhadas no papel é porque alguma importância elas têm em nossas vidas. Não vale a pena desistir tão facilmente delas. Em meio à velocidade frenética da contemporaneidade e da tecnologia, o indivíduo atual desiste muito rápido de seus objetivos. E na sequência esses objetivos primeiros são atropelados por outros e assim sucessivamente. No final das contas, nada de fato, foi concretizado até o fim.
Se a meta é conseguir o trabalho dos sonhos, trace metodologias e siga com elas até chegar no resultado final, vai ser fácil? Ninguém falou que sim, está aí o Santiago para exemplificar que o objetivo não é simples de se concretizar.
Que em 2016 tenhamos a força e a obstinação do velho pescador… Feliz ano novo!
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