Minha primeira vez por aqui. Não é muito diferente do que eu imaginava ou do que já tinha ouvido e, depois de um SxSW, uma agenda um pouco mais tranquila não te deixa tão confuso (mesmo com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo e em vários lugares). Aliás, o que acontece do lado de fora do Palais é tão, ou mais interessante do que acontece dentro.
E… como é bonito esse lugar…
No palco principal, alguns grandes nomes da indústria do entretenimento e comunicação, todos falando sobre marcas (as marcas que levaram eles lá). Destaco, como no post do Rafael, a Coca-Cola, que além da linda garrafinha comemorativa é a marca anunciante do ano.
Por aqui, os novos grandes players estão fazendo bonito: Linkedin, Twitter, YouTube, Google (com o seu Sandbox – muito querido aqui por nós), Facebook, Instagram, Tumblr e Wikipedia. Muitas vezes se apropiando de bares e restaurantes e usando seus eventos paralelos para aproximar pessoas e seus projetos. É bem claro que, o que as marcas querem é contar os cases de sucesso. Mas sinto que continuam usando as mesmas palavras de sempre: inovação, engajamento, storytelling, second screen e por aí vai. Nada de muito novo. O bacana é poder ver ações que realmente usaram isso de forma autêntica.
Quanto às premiações, estamos acompanhando bem por aqui. O UoD tenta trazer o que de mais interessante teve destaque. E são várias as campanhas que merecem esse destaque mesmo. Nos corredores, todos criticam os fantasmas, mas é tão claro o quanto isso faz parte do jogo: ganha prêmio, a agência ganha credibilidade e mais nome, faz festa com clientes, ganha contas e todo mundo fica feliz… ou não. Acho que devia fazer parte do prêmio o planejamento, uma mídia bem utilizada, aprovação de cliente e etc… A festa é maior quando são peças que foram realmente veiculadas.
O festival é um grande resumo de tudo o que o mundo da comunicação criou durante o ano e algumas das palestras são realmente inspiradoras e muito boas. É um momento importante para ver executadas ideias e movimentos que escutamos durante anos, a exemplo de novas tecnologias que prometem melhorar nosso dia-a-dia. A boa apresentação da Contagious, com vários exemplos (manjados até), mostrou bem isso. Vale dar uma olhada no tumblr. A frase da abertura do post é de uma camiseta que eles destribuíram por aqui.
Me parece que o tema central é: como a publicidade pode fazer parte, facilitar e melhorar o nosso mundo. Como as marcas podem se tornar parte de nossas vidas, sem ser empurrando produtos e vendas.
O nome escolhido para isso é “Lifeshare”, marcas como emissores diretos, atingindo e conversando com seu público não importando a plataforma e sim o conceito de troca (como muito bem escrito neste post: “A publicidade é uma troca, e não a compra de um espaço”). Aquilo que já falamos por aqui: ser interrompido por algo realmente interessante. E, o impulsionador disso tudo são os novos usos das novas tecnologias e blá blá blá…
Bem interessante foi o que a Effective Brands apresentou: o programa Marketing 2020. Uma tentativa de nortear caminhos que o mercado deve tomar.
Através de uma pesquisa global, identificaram que o objetivo de um departamento de marketing deve ser usar suas ferramentas para dar base e apoiar o crescimento dos negócios da empresa (uai… um pouco óbvio, não?). Muito se falou sobre a junção do Big Data com a Big Idea, ou seja… criatividade com nexo e função, com objetivos comuns o mais bem direcionados possível.
Fica cada vez mais claro que o melhor modo de fazer com que a sua história tenha credibilidade, e que as pessoas passem adiante, é falar e apresentar suas verdades. Se precisar mexer nela para agradar a todos, não agradará a ninguém. Também algo que acreditamos muito por aqui. Profissionais de comunicação de sucesso são os fornecedores das histórias que os consumidores escolhem. Estou otimista em ter ouvido um pouco disso por aqui.
E, ainda hoje, vale assistir aos seminários da R/GA: The Next Creative Revolution e o do Twitter, The Social Soundtrack.
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