SXSW: música e blockchain – quanto vale a trilha sonora do streaming?

Liberdade criativa não tem preço, e é justamente esse pensamento que tem aproximado o blockchain de músicos e cantores: a transparência, agilidade e segurança da criptomoeda pode, verdadeiramente, mudar todo a indústria fonográfica como a conhecemos, porque plataformas descentralizadas tendem a empoderar indivíduos.

Sem intermediários, artistas são melhores remunerados – além de serem pagos com mais rapidez. Isso vale tanto para casos de streaming, como para produtos de merchan ou coisa que o valha.

Esse fluxo direto, sem escalas, promove um relacionamento diferente com os fãs e com o fluxo financeiro da carreira de um músico, e os coloca numa posição mais privilegiada na hora de discutir com algum selo ou distribuidora, por exemplo.

Adepto e entusiasta da nova modalidade, DJsNeverEndingStory relata em um post que ficou surpreso com a agilidade das plataformas que trabalham com blockchain para remunerar os artistas. “Era pago 11 centavos de dólar por stream de uma plataforma em particular, visto que o bitcoin escalou para 19 mil dólares. Esse cenário fez com que Spotify e Apple Music ficassem bem menos vantajoso para os criadores, como eu”, explicou.

O artista ponderou ainda que as plataformas variam bastante entre si, e que é importante avaliar como cada uma funciona, a fim de explorar o máximo potencial de todas elas.

Quando pesando os prós e os contras deste modelo de negócio, DJsNeverEndingStory coloca no lado bom a liberdade de gerenciar a própria carreira, podendo, se assim desejar, negar acordo com bancos, advogados, selos e gravadoras.

Já no lado “sombrio” do negócio está a escalabilidade, uma vez que essas plataformas têm menos usuário – um “problema” que deve ser cada vez menor e irrelevante, a medida que as pessoas passarem a entender o conceito de blockchain e perderem suas suspeitas com essas transações.

Os fãs também podem se beneficiar desta modalidade, uma vez que os serviços de streaming mais famosos estão cheios de propagandas, algoritmos tendenciosos e uma distância maior de seus ídolos, uma vez que existe ali um intermediário. Todos esses desafios são facilmente transponíveis com as plataformas de bitcoin e afins.

E embora todas essas vantagens e desvantagens estejam sendo discutidas no meio fonográfico, o cenário muda muito pouco – a ponto de muita gente se questionar se o blockchain na música é uma simples miragem. No SXSW deste ano, teremos respostas mais completas. Ou, pelo menos, dúvidas novas e mais pertinentes.

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