Share Your City | Ativismo urbano: as pessoas fazem a cidade

Hoje damos continuidade ao projeto “Share Your______”, série sobre economia criativa com oito episódios. Nela, você irá conhecer pessoas que decidiram seguir caminhos diferentes, caminhos livres e estão fazendo sua parte para construir um mundo com mais propósito.

Confira o episódio sobre ativismo urbano:

https://www.youtube.com/watch?v=gsv4w3cTV1U&index=2&list=PL_YWbfkPIp8A83H4DlujXTmmV3HioInXf

Quem mora na cidade de São Paulo há pelo menos dois anos sabe que existe uma mudança histórica acontecendo. A cidade da bolha, onde cada um parecia viver isolado no seu próprio mundo, de repente se quebrou e se curvou diante de novas possibilidades. Os indivíduos se abriram uns aos outros e perceberam que não estão nesse espaço só de passagem – na verdade, fazem parte dele e são todos responsáveis pelo cuidado, conservação e, por que não dizer, recuperação do mesmo.

Renata Minerbo, da Acupuntura Urbana, afirma que, ainda assim, o desafio segue gigante. Não só em São Paulo mas em todas as outras grandes cidades, a missão é fazer com que todos entendam que nós, pessoas comuns, também fazemos a cidade. E que só a nossa mobilização pode gerar as mudanças que queremos ver acontecendo. Fabiana Soares, da Mooca BH, completa dizendo que ainda existe uma mentalidade de que o espaço público é o espaço de ninguém. E o que acontece é exatamente o contrário: o espaço público é de todos.

Na prática isso significa que não adianta só cobrarmos do governo iniciativas no sentido de promover o bem-estar na cidade. É claro que esse é um papel deles – também – mas o ativismo público, nesse sentido, pode ser muito mais poderoso. Para Renata, o que deve existir é uma parceria tripla: público-privado-população. As pessoas precisam se apropriar das cidades e entender que é direito delas agir em prol de melhorias. Juntas, elas conseguem adotar ideias criativas que, na maioria das vezes, só quem vive ali, no cotidiano daqueles lugares, poderia desenvolver. E vemos isso quase todos os finais de semana em SP.

É verdade que o próprio poder público está aberto a esse tipo de parcerias – já compreendeu que, sozinho, não consegue atender a essas demandas. Inclusive, as próprias empresas privadas também têm demonstrado interesse em colaborar com ações desse tipo. Encontraram uma forma de conseguir retorno com isso de um jeito que todos saiam beneficiados.

Alguns exemplos do envolvimento do poder público com o processo de “abertura” da cidade, fazendo dela um grande espaço público, são as ciclovias, os parques, as avenidas fechadas para os carros aos finais de semana, a volta da cultura do Carnaval de rua e o aumento das feiras livres e eventos culturais em praças. Já o envolvimento das empresas pode ser bem exemplificado pelo sistema de aluguel de bicicletas para quem tem adotado a bike como meio de transporte ou o sistema das ciclofaixas de lazer (entre outros).

Espaços públicos da cidade que antes eram abandonados hoje viraram grandes centros de encontros culturais, gastronômicos e artísticos – é o caso da região do Largo da Batata, do Minhocão ou da Avenida Paulista. E, ao que tudo indica, o ativismo urbano cresce cada vez mais e, daqui a alguns anos, todas as grandes cidades terão a cara diversa do povo que nelas vive. Ao mesmo tempo, a cobrança de ações por parte dos governantes que beneficiem a população e façam das metrópoles um espaço acolhedor também tem sido cada vez mais constante. São muitas vertentes que, simultaneamente, caminham para um mesmo objetivo. Mais do que nunca, estamos descobrindo que a cidade é minha, sua e de todos nós.

Aqui, você assiste ao primeiro episódio da série, “Da rua para o mundo”.

Continue acompanhando o projeto “Share Your_____” pelo UoD.

Semana que vem tem mais.

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